Ser Flamengo não é nada fácil! É para os fortes. Um dia você está no céu; no outro, no inferno. E isso às vezes acontece em questão de segundos também. No retorno do Campeonato Brasileiro pós-copa, digamos, o Flamengo voltou sendo derrotado para o Atlético-PR em Macaé. Depois foi a vez do Internacional nos vencer no Beira-rio. Após isso, e após aquela semana em que tudo foi do inferno ao céu em questão de dias, o Flamengo na base do sofrimento e da entrega, venceu o Botafogo. Um a zero, suado, mas que valeram 3 pontos. Mas que não convenceram. Enfim!
Após o Botafogo viria a Chapecoense, lá em Chapecó-SC. Tudo indicava uma vitória, porém muito difícil que ela viesse. E não veio! Mais uma derrota e com um gol atípico. Azar da ‘bola perdida’ ou culpa do time de não ter ido na mesma. Capítulo passado devido às circunstâncias, porém não esquecido.
E como um elevador que não pára, que é interminável em sua trajetória histórica, mais uma vez o Flamengo subiria do inferno ao céu. Dessa vez foi o Sport, que caiu uma posição, ficando em 6º lugar na tabela. Adversário que Luxemburgo decidiu enfrentar armando o Flamengo num 4-3-3 com Paulo Victor; Léo Moura, Wallace, Marcelo e João Paulo; Cáceres, Canteros e Luiz Antônio; Paulinho, Everton e Alecsandro.
A intenção era com Cáceres e Luiz Antônio reforçar a marcação de modo a liberar Léo Moura e João Paulo ao ataque. Fazer com que os laterais não tivessem tanta obrigação de marcar e pudessem avançar. Porém o Sport veio armado para o contra-ataque. Fechado, esperando por uma bola pra resolver o jogo. E enfrentando um Flamengo sem qualquer compactação ficaria mais fácil trabalhar e talvez nem precisar se prender à sua proposta inicial.
O Flamengo deixava um buraco em praticamente todos os setores. Apenas a zaga era próxima à lateral, que ficava distante do ataque – a não ser pelos lados com Paulinho e Everton -, que ficava também longe do meio. Passes errados, afobação, muita bola aérea gerando entradas mais duras e pequenas confusões durante todo o jogo.
Flamengo e Sport fizeram um jogo amarrado e sem chances reais de gol. No segundo tempo entraram Mugni(Luiz Antônio), Eduardo da Silva(Paulinho) e Arthur(Alecsandro), deixando o time mais lento, porém ganhando em qualidade técnica, pelo menos com Mugni e Eduardo.
E para um jogo amarrado, a definição vem em detalhes. Vezes por falhas do adversário, outras por méritos próprios do time que chegou ao gol. O Flamengo ficou com a segunda opção.
João Paulo, tão criticado pela grande maioria(inclusive eu), recebe um passe interminável e avança até a linha de fundo até achar espaço. Cruza na cabeça de Eduardo da Silva que, bem posicionado, cabeceia rente a Magrão e faz 1 a 0. O Maracanã desabafa, grita Gol e vibra pelo resultado, que se fazia tão necessário, mas que no fundo sabe: não é o bastante para um clube do tamanho do Flamengo. Eduardo da Silva que havia feito sua estréia contra a Chapecoense, discreta porém sem erros, faz seu primeiro gol em seu segundo jogo com a camisa do Flamengo.
Luxemburgo tem peças, boas peças, possibilidade de variação de esquema(talvez essa próprio seja o ideal) e precisa trabalhar a compactação dos espaços. Algo que ninguém toca no assunto, mas que devem se conscientizar que o futebol atual pede isso. Quando um tem a bola, que apareçam dois pra receber, ou pelo menos um. Posicionamento. Foi isso que Eduardo fez para que seu gol viesse. São fundamentos simples do futebol que devem ser treinados. Se não dá na técnica, se o momento não te permite ter calma, vai na raça, mas de forma inteligente.
Em tempo: que o foco não se desgarre do time e que uma vitória seja buscada a todo custo em Curitiba no próximo domingo, rumo aos 16 pontos; Cáceres de uma partida obsoleta em termos de passe e atenção – que seja melhorado.
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One thought on “Faz o simples”
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