Dia de pouco público no Engenhão, mas era dia de Flamengo, sim senhor! O Flamengo entrou em campo com sangue novo, e a maioria dos suplentes eram garotos da base, que mostraram uma vontade absurda.
É verdade que, em determinados momentos do primeiro tempo, eles sofreram para sair da pressão imposta pelo Bonsucesso, que chegava com frequência. Em algumas ocasiões, Paulo Victor esteve lá para salvar; em outras, o Flamengo contou com a sorte. Sorte que também sorriu para Bottinelli, nosso Botti, quando recebeu um passe de Camacho e, com calma, tirou do goleiro, permitindo que Jael, livre, batesse de primeira para o gol vazio. 1 a 0 Flamengo!
O Flamengo não se acomodou na vantagem e continuou pressionando, trocando passes rápidos ao melhor estilo Barcelona (sem mais comparações, por favor). E tanta eficiência em um simples fundamento, aliada a todo esse esforço, tinha que resultar em algo. E o resultado veio! Jael recebeu uma ótima bola na meia-lua, ajeitou girando o corpo e bateu com força no meio do gol. A bola desviou na zaga do Bonsucesso e enganou o goleiro. 2 a 0 Flamengo!
O primeiro tempo seguiu com chances para ambos os lados, e o Flamengo tentando mostrar sua grandeza, sendo mais forte que o Bonsucesso.
Fim do primeiro tempo. Almas para o vestiário.
Na volta para o segundo tempo, nada de mudanças. O Flamengo retornou com a mesma postura do primeiro tempo, quando já vencia o Bonsucesso por 2 a 0, com dois gols de Jael.
E Camacho também marcaria seu nome na partida em sua última ação. Recebeu uma boa bola perto da meia-lua, de frente para o gol, ajeitou e bateu no canto. 3 a 0 Flamengo! Camacho, em seguida, saiu para a entrada de Adryan, garoto que praticamente não teve chances com Vanderlei Luxemburgo na temporada passada. Entrou e deixou sua marca.
Em uma boa jogada de Magal pela esquerda, o lateral praticamente rolou para Adryan, que chegou batendo de primeira e marcou um golaço. Gol de craque! 4 a 0 Flamengo, e caixão fechado para o simpático Bonsucesso.
Enfim, nação! Estreamos 2012 com o pé direito. E como não poderia deixar de ser, com a garotada da base nos dando orgulho. O jogo foi bom? Lógico! Os meninos sabem jogar como gente grande. Não tremem nem temem o adversário.
Mas agora a parada ficou séria. Não que o Carioca não seja importante, mas vocês já devem ter entendido o que quero dizer. Trata-se da Libertadores da América, um sonho que até mesmo os mais velhos querem viver novamente. Aqueles que viram Zico, Júnior, Adílio, Raul, Nunes e tantos outros fazerem história com o manto sagrado. Quarta-feira teremos a primeira batalha de uma guerra que só depende de nós para durar mais 3 ou 6 meses. Estamos vivendo uma “crise” financeira, mas se eu conheço o Flamengo e todos os seus integrantes, do mais velho ao mais novo, do mais rico ao mais pobre, sei que nenhum de nós está com aquele pensamento de: “Ah, acabou. Com esse time, não passamos nem do Vasco.”
Diante das adversidades que enfrentamos fora de campo, até aceito esse tipo de discurso. Mas pela nossa história, pela nossa grandeza, pelo que o CRF representa para todos nós e pelo que fazemos por ele, é totalmente inadmissível esse tipo de atitude. Para o rubro-negro, não existe dificuldade, não há impossibilidade, porque somos uma nação de 38 milhões ou mais de irmãos, de todas as cores e classes, todos unidos. E eu vou parar por aqui, porque posso ficar falando e falando por páginas e mais páginas, e não conseguir chegar a uma definição concreta do que é ser Flamengo.
Para encerrar, convoco todos vocês para a batalha de quarta-feira. Se a razão não dá, vamos com o coração. Porque ele é rubro-negro e clama por nós.
SRN!
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