Talvez a palavra mais correta para definir o atual momento do Flamengo, desde o início do trabalho de Oswaldo de Oliveira, seria Surreal. São 41 pontos no campeonato, sendo 18 conquistados de forma avassaladora. O Flamengo vive mais uma arrancada e só não vê quem não quer. A grande dúvida que paira na mente de cada torcedor, é: até onde esse time pode ir? Ele já está no G4 desde a rodada passada. Mas… vai morar no G4, aceitar dividir o aluguel e “Até 2016” ou vai aproveitar sua estadia tentando o título?
Flamengo sem Guerrero, sem Emerson Sheik, sem Alan Patrick e por boa parte do jogo, sem Ederson. Paolo Guerrero não é mais notícia desde o indigesto jogo pela Copa do Brasil. Nesse meio tempo, Kayke vem resolvendo. Mas não só ele. O coletivo do Flamengo vem resolvendo e vencendo os seus adversários de forma espetacular.
O panorama normal para o jogo de hoje, era de uma partida difícil, que o Flamengo precisaria suar sangue para vencer. Mas tudo fluiu com muita tranquilidade. Aos 10 minutos de jogo, César Martins levantou bola na área. A bola passou por todo mundo e encontrou Paulinho na ponta esquerda, livre. Paulinho ajeitou o corpo e mandou a bola no ângulo de Danilo. O Flamengo abria o placar da melhor forma possível na Arena Condá.
A Chapecoense não esboçava reação e o Flamengo jogava tranquilamente. Um quadro que seguiu durante todo o primeiro tempo. Aos 30 minutos era a vez de alguém que há muito não fazia gol. César Martins para Kayke, Kayke para Marcelo Cirino. Cirino levou até a ponta e serviu Canteros às costas da marcação. O argentino invadiu a área pela direita e bateu no canto direito de Danilo de forma colocada.
O Flamengo foi ao jogo sem nenhum jogador de criação no meio-campo. Éverton na vaga do meia, com Márcio Araújo e Canteros na proteção. A tática usada por Oswaldo foi subir a marcação dos volantes, deixando a equipe mais compacta e dificultando o jogo da Chapecoense. Sem opções, o time catarinense errou passes e deu campo ao Flamengo, assim saindo os dois gols do primeiro tempo.
No retorno ao segundo tempo, apenas a Chapecoense mexeu. Camilo deu vaga a Ananias, e teríamos 30 minutos de reação da Chapecoense. Exatamente aos 30 minutos, Jorge que acabara de receber cartão amarelo, saiu para a entrada de Luiz Antônio. Aos 33, nova mexida de Oswaldo: Paulinho sai aplaudido para a entrada de Ederson, que voltava de lesão.
Aos 35, a Chapecoense conseguiu parte do que queria. Ananias invadiu a área, Márcio Araújo tropeçou e o derrubou. Pênalti convertido por Bruno Rangel no canto esquerdo de Paulo Victor. O pênalti foi consequência natural das várias investidas do time catarinense ao ataque, após o Flamengo dar campo ao adversário.
Sorte e competência. Aos 43, o contra-ataque do Flamengo passa por Luiz Antônio, que serve Ederson, que entrega na boa, dentro da área para Kayke bater na saída de Danilo e confirmar os 41 pontos do Flamengo.
Flamengo desfalcado e sem criação, contudo com muita tranquilidade e seguindo seu padrão de jogo que muito vem dando certo desde a chegada de Oswaldo de Oliveira no início do returno. Para o torcedor acostumado com os últimos 20 anos do Flamengo, o ano do time chega ao fim com uma vitória na próxima rodada, alcançando os 44 pontos que mantém o time na série A. Para o torcedor que olha a história e as muitas rodadas que ainda temos pela frente, enxerga o Grêmio a 4 pontos de distância e o Corinthians a 3 posições, na liderança. Estamos no G4 e somos Flamengo. Aceitar migalhas do futebol é desperdiçar o que ele oferece.
Ficha técnica
Chapecoense 1 x 3 Flamengo
Campeonato Brasileiro, 25ª rodada
Local: Estádio Arena Condá, Chapecó, Santa Catarina
Data: 13 de setembro de 2015 (domingo)
Árbitro: Anderson Daronco
Assistentes: Bruno Boschilia e José Javel Silveira
Cartões amarelos: Apodi e Dener Assunção(Chapecoense); Jorge(Flamengo)
Chapecoense: Danilo; Apodi, Rafael Lima, Neto e Dener; Elicarlos, Bruno Silva, Cléber Santana, Tiago Luís e Camilo; Bruno Rangel. Técnico: Vinícius Eutrópio.
Flamengo: Paulo Victor; Pará, César Martins, Samir e Jorge; Márcio Araújo, Canteros e Éverton; Marcelo Cirino, Paulinho e Kayke. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
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