Incerteza!

Ficha Técnica da Partida:

Escalação do São Paulo: Rogério Ceni; Rodrigo Caio, João Felipe, Rafael Tolói, Rhodolfo, Bruno Cortez; Denilson, Maicon, Jadson; Ademilson, Luís Fabiano. Esquema: 3-5-2. Técnico: Ney Franco.

Escalação do Flamengo: Paulo Victor; Léo Moura, González, Welinton, Ramon; Aírton, Luís Antônio, Ibson, Camacho; Adryan, Love. Esquema: 4-4-2. Técnico: Dorival Júnior.

Placar: São Paulo 4 x 1 Flamengo.

Local: Morumbi.

Gols: Maicon (41’ 1º tempo), Luís Fabiano (46’ 1º tempo e 14’ 2º tempo), Jádson (47’ 2º tempo) – São Paulo; Ramon (21’ 2º tempo) – Flamengo.

Cartões Amarelos: Rodrigo Caio, Luís Fabiano (São Paulo); Ramon (Flamengo).

Arbitragem: Jaílson Macedo Freitas. Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha Matos, Adaílton José de Jesus Silva.

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Na quinta-feira passada, Dorival deixou o Engenhão após assistir ao melancólico empate em 0 a 0 contra a Portuguesa, ciente de que não teria trabalho fácil a partir de então. O jogo de hoje foi apenas mais uma demonstração disso. Antes da partida, o clima era de tranquilidade — ou uma certa tranquilidade. A expectativa era de um jogo difícil, mas com um Flamengo mais ousado e decidido, sem se esconder no velho pragmatismo de Joel. Enfim, vamos deixar isso de lado!

Dorival, mais uma vez, errou ao escalar Adryan como atacante. A posição correta do garoto é no meio-campo, onde, de frente para os zagueiros e com a bola dominada, ele pode fazer a diferença.

Camacho foi escalado como homem de ligação no meio-campo, mas, na prática, não conseguiu desempenhar bem seu papel. Tanto é que o Flamengo não teve uma única finalização a gol durante toda a primeira etapa. Rogério Ceni praticamente não teve trabalho, exceto quando foi acionado para receber uma bola recuada pela própria defesa.

O São Paulo, por sua vez, com méritos, conseguiu abrir o placar. Em uma jogada de Rodrigo Caio, Maicon recebeu a bola de frente para o gol e, sem perder tempo, rolou e bateu com sutileza. A bola viajou lentamente e foi parar no canto direito de Paulo Victor.

O Flamengo tentava se ajustar, tocando a bola e tentando jogadas incisivas, mas sem sucesso. Adryan não conseguia render e Love continuava em má fase. No São Paulo, Ademilson infernizou a zaga rubro-negra. Jogador veloz e ágil, deixou a defesa atônita em várias jogadas.

Luís Fabiano não foi aquele jogador que dominou a partida, mas tratou de fazer o que sabe fazer melhor: gols.

Em um escanteio para a área do Flamengo, Paulo Victor saiu mal; a defesa não conseguiu acompanhar Luís Fabiano, que só não marcou de cabeça porque o goleiro rubro-negro conseguiu tirar a bola com o pé.

Na sequência, nova bola cruzada na área. Mais uma vez, Paulo Victor saiu mal do gol e, desta vez, Luís Fabiano cabeceou e marcou o segundo gol. Foi o primeiro dele, com a camisa do São Paulo, contra o Flamengo, desde seu retorno da Europa.

No fim do primeiro tempo, Aírton se machucou em uma disputa com Ademilson e pediu substituição. Amaral entrou em seu lugar, e o primeiro tempo terminou.

Para o segundo tempo, Adryan e Camacho foram substituídos por Bottinelli e Thomás — uma última tentativa de Dorival para buscar pelo menos o empate.

Thomás, mais uma vez, fez uma boa partida, mas, sozinho, não consegue resolver. Bottinelli, por sua vez, esteve abaixo do esperado.

O São Paulo não se acomodou e foi em busca de resolver a partida. E conseguiu ampliar o placar com uma ótima troca de passes: Ademilson passou para Maicon, que tocou para Cortez, que cruzou na medida para Luís Fabiano marcar seu segundo gol na partida — o terceiro do São Paulo no jogo.

O Flamengo, então, partiu para o desespero. Em uma jogada insistente pela direita e pelo meio, a bola sobrou para Ramon, que, com calma, encontrou espaço entre quase quatro jogadores do São Paulo e mandou para a rede, trazendo um fio de esperança para a torcida e para o time.

No meio desse domínio do São Paulo sobre o Flamengo, ainda houve tempo para uma cena curiosa. Rodrigo Caio foi substituído por João Schmidt, mas esqueceu-se de sair de campo. Somente quando Dorival comunicou ao árbitro, que advertiu o jogador com cartão amarelo, é que ele deixou o campo.

Mas a festa do São Paulo ainda não havia terminado. Aos 48 minutos, Jádson recebeu livre na cara de Paulo Victor e tocou de bico com efeito para o fundo do gol.

Rogério Ceni, ao final do jogo, fez festa, enquanto o Flamengo, que nada tem a comemorar, permanece envolto em incertezas.

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