Isso aqui é Flamengo

Isso aqui é Flamengo

Foi na raça, com requintes de dramaticidade total, mas… quem disse que algo para e no Flamengo vem fácil? Como ainda estou sob o efeito do jogo, não sei se irei conseguir escrever sinceramente o que foi essa partida, essa loucura.

Mas posso dizer que o Cruzeiro ficou mortinho em campo. Não atacava, não pressionava (só o fazia em seu campo) e não demonstrava vontade de vencer. Entrou de salto alto e saiu falando muito, com um Dedé que, desde o Carioca, já procurava o Rafinha, e hoje saiu procurando o Adryan.

A torcida comprou a ideia da decisão e sabia que não seria nada fácil. Não lotou o Maraca, mas empurrou, ajudou e explodiu no final. Elias, que até horas antes do jogo não iria a campo, foi. E era como se estivesse predestinado.

O Flamengo tentou o jogo inteiro. Ficava com a bola no ataque, mas não tinha qualidade suficiente para finalizar e fazer o único gol de que necessitava. Do outro lado, o Cruzeiro esperava, marcava e aguardava um contra-ataque. Que até vinha, mas não aproveitava.

Tivemos dois gols anulados: um de Carlos Eduardo e um de Willian (não lembro exatamente).

No intervalo, Cáceres, que havia tomado uma pancada na coxa, saiu para a entrada de Paulinho.

No segundo tempo, também entraram Adryan e Hernane, como uma tentativa máxima de fazer o gol que o Flamengo tanto necessitava.

E ele veio, para a explosão de um Maraca lotado. Paulinho recebe e avança com a bola pela direita, vê Elias desmarcado e o serve. Elias, com o pé direito, não só faz o gol da classificação como faz o Maraca inteiro explodir, cantar, pular, gritar e tremer. Tremer como há muito tempo não acontecia. E, se posso falar: fez o Cruzeiro tremer também.

Flamengo classificado – diferente do que muitos achavam – e agora enfrentará o Botafogo nas quartas de final dessa Copa do Brasil. E a máxima, bem antiga mas sempre eficaz, se fez presente novamente: no Maraca lotado e com um Flamengo com sangue nos olhos, fica difícil segurar.

Ao Cruzeiro, meus pêsames. Você não respeitou seu adversário (que não é qualquer um) e, pela forma morta de jogar, mereceu a eliminação. Ao Dedé, sugiro: vá procurar agora o Adryan, porque o Rafinha você já perdeu de vista faz tempo.

É esperança da Nação que esse time continue assim daqui para frente. Que no Brasileiro possamos voltar a jogar com alegria, raça e determinação. Hoje, mais uma vez, foi provado: a torcida não abandona, ela compra a ideia, lota e empurra. Tanto que o Cruzeiro sentiu (por mais que tenha demonstrado, em alguns momentos, que podia vencer).

E… isso aqui é Flamengo! Tem que respeitar! Acho que não preciso dizer mais nada.

Germano Medeiros
Sigam-nos no Twitter: @BlogSerFlamengo

Comentários

Descubra mais sobre Ser Flamengo

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Germano Medeiros