Após o último jogo diante do Del Valle, muita coisa aconteceu, muito se foi falado, quatro dias se passaram, começamos o dia hoje em dúvida se o jogo realmente seria disputado diante de todo o problema da pandemia, mas aconteceu.
Lotado de desfalques e com a amarga derrota por 5 a 0 nas costas, Domènec mandou a campo um time que causou certa revolta quando a escalação saiu: Thuler fazendo a lateral direita e Renê fazendo a esquerda. A crítica era sobre o fato de Thuler estar improvisado e o Flamengo tendo fretado um voo para João Lucas(que é lateral direito de ofício) e outros 3 meninos viajarem às pressas ao Equador para o jogo.
Mas diferente da postura que o Flamengo teve diante do Del Valle, hoje contra o Barcelona vimos uma mudança(enquanto o pulmão do Flamengo aguentou), que surtiu efeito logo aos 6 minutos de jogo, quando Gerson arranca pelo lado esquerdo, deixa três marcados para trás e lança Pedro, que finaliza de direita e abre o placar para o Flamengo.
Aos 26 minutos, ainda conseguindo criar bastante chances e chegando com facilidade, Everton Ribeiro achou Arrascaeta dentro da área, o uruguaio chicoteou a bola e mandou no meio do gol de Burrai, que nada pôde fazer.
O Flamengo fazia uma partida segura, o Barcelona não ameaçava e flertávamos com uma possibilidade de “reverter” o resultado fatídico da última quinta-feira – o azar foi perceber o Flamengo caindo assustadoramente de produção no segundo tempo.
Logo no início do segundo tempo, Martínez empatou o jogo, vencendo Léo Pereira e finalizando de canhota. O que parecia seguro até demais, ganhou contornos dramáticos até o final do jogo, com dois times desesperados pela vitória, um Barcelona completamente bagunçado taticamente, apesar de inteiro na parte física, e um Flamengo exausto fisicamente.
Tudo o que o Flamengo tentava no ataque, não surtia o efeito normal, e alguns jogadores sequer conseguiam chegar ao último terço do campo. No fim do jogo, alguns jogadores nossos simplesmente sentaram no gramado, quase pondo a língua pra fora, visivelmente em seu limite físico. E aí fica a dúvida: estaria o Flamengo trabalhando com uma comissão técnica que não sabe preparar o elenco que dispõe? Ou existem profissionais competentes trabalhando com Domènec mas os jogadores não estão fazendo por onde render em campo?
Problema a ser resolvido na volta ao Brasil, pois a torcida agora, já com o resultado positivo do jogo garantido, é que ninguém mais do elenco venha a contrair o vírus nefasto que está tomando conta do mundo.
Foto: Fox Sports
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Por Germano Medeiros (@43Germano)
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Ficha técnica da partida:
Barcelona de Guayaquil-EQU 1 x 2 Flamengo, Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, Guayaquil, Equador.
Barcelona-EQU(4-2-3-1): Burrai; Castillo, Riveros, D. Aimar(Gabriel Marques), Vallecilla; Orejuela(Oyola) e Pinatares(Quintero), D Díaz, Martínez(Preciado) e Arroyo(Jonatan Álvez); Colmán. Técnico: Fabián Bustos.
Flamengo (4-3-3): César; Thuler(Ramon), Rodrigo Caio, Léo Pereira e Renê; Willian Arão, Thiago Maia e Gerson; Everton Ribeiro, Arrascaeta e Pedro(Lincoln). Técnico: Domènec Torrent.
Gol(s): Pedro(6′) e Arrascaeta(26′) para o Flamengo; Martínez(48′) para o Barcelona-EQU.
Cartões amarelos: Riveros, Orejuela e Pinatares do Barcelona-EQU; Willian Arão, Thiago Maia e Lincoln do Flamengo.
Árbitro: Diego Haro(PER).
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