Menos oscilações e mais consistência.
Posso até estar errado mas, na minha opinião, essa derrota de hoje decreta o sentido do ano rubro-negro: luta para não cair. Talvez pela difícil sequencia que teremos, certamente pelo elenco limitado que temos, provavelmente pela incrível igualdade de pontos que temos da quinta até a décima sexta posição.
Jayme, para o jogo de hoje, mandou a mesma equipe de sempre, mas no 4-2-3-1. Amaral e Elias de volantes; Paulinho, Carlos Eduardo e André Santos como meias e Hernane isolado. O esquema havia mudado levemente, porém o jeito do time se portar em campo não poderia mudar(leia-se durante todos os 90 minutos).
Mas o Flamengo agrediu, foi com sangue nos olhos, até conseguir furar o bloqueio do Botafogo e abrir o placar. O Botafogo tocava a bola, buscava as laterais e trabalhava a paciência. O Flamengo marcava em cima, esperava o erro e saía em velocidade – essa tem sido a característica mais notória do Flamengo de Jayme de Almeida. Sem a bola, o Flamengo marca pressão e fica atento a qualquer descuido do adversário; com a bola, saída rápida para o ataque, sem toques lentos de lado.
E foi numa troca de passes que saiu o primeiro do Flamengo. Ultimamente não tenho precisado dizer de quem. Triangulação rápida entre Carlos Eduardo, André Santos e Wallace, e a bola sobrando para Hernane, de primeira, colocar no canto esquerdo de Renan. Abria o placar e o time já sabia: tem que continuar para não deixar o Botafogo vir pra cima e se animar.
Contudo o Flamengo recuou. E foi recuando muito. E com o Botafogo aproximando-se de sua área, tinha em Seedorf sua principal válvula de escape. O mesmo de carrinho, aproveitando passe, achou Gegê na área, que cortou Wallace e bateu de esquerda no canto esquerdo de Felipe. Empatava o Botafogo e não dava mostras de “aceitar” o placar de igualdade.
A volta para o segundo tempo traria um Flamengo mais ofensivo, sabendo de sua obrigação de ir com tudo em busca da vitória. Duas vezes Paulinho e Elias que chegou mais perto do gol, assustaram Renan, mas o Botafogo estava em alerta. Após as seguidas chegadas do Flamengo, Seedorf inverte a bola genialmente até Rafael Marques, que ajeita o corpo e solta o pé direito… na trave de Felipe. Seria um golaço, e para nossa sorte até ali, não foi.
Porém aos 18, Gegê tratou de ajudá-lo. O autor do primeiro gol cruzou da esquerda e Rafael Marques finalizou, na falha de João Paulo e para a surpresa de Felipe. O Botafogo virava e continuava sem dar qualquer sinal de que fosse recuar e se acomodar em seu campo.
O Botafogo podia não se acomodar, estar atento, porém o Flamengo veio de vez. Luiz Antônio levantou e Elias cabeceou no travessão, no rebote Bruninho também de cabeça mandou em cima de Renan e perdeu a chance mais clara do Flamengo em todo o jogo.
Luiz Antônio, Wallace, Paulinho e Elias numa bomba de fora, tentaram, mas a noite era do Botafogo. Botafogo que soube virar o jogo e controlar a partida, mesmo tomando pressão no fim.
E se por um lado o Flamengo faz o certo em pressionar no início e jogar como manda o figurino, o Botafogo faz o inverso. Toma pressão, toma gol e só depois usa tudo que tem, tudo que sabe e faz o seu placar.
O próximo compromisso do Flamengo é contra o Bahia em casa. E uma derrota pode significar o retorno definitivo ao patamar de fuga da zona de rebaixamento. O Vasco lá se encontra, brigando mais uma vez para não cair, fato já ocorrido em 2008. Cabe ao Flamengo nem sequer se comparar a isso. E se quiser continuar alçando coisas melhores neste Brasileiro que tenha menos oscilações e mais consistência.
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