Estranha essa festa na Kombi. Desde domingo os lendários botafoguenses, na sua saga para alcançar o numero de 20 torcedores, comemoram estupefatos o rompimento do tabu. Mas enquanto tais criaturas tão raras esquecem do seu passado regado a vácuo com a atual fase do seu time, a Nação tem outras preocupações e as tenta aliviar sonhando com um áureo futuro. E olhar para o futuro com pé no chão e energia de sonhador em se tratando de Flamengo não é fácil. E nem se pode esquecer o presente, jogar a toalha. Não se pode desistir da libertadores, até porque ela está longe de estar longe. Temos uma CB em disputa, e quanto ao Brasileirão 2013, pontos se perdem e se ganham rodada após rodada. Existem as gratas surpresas, as arrancadas, as decaídas. Para cravar uma colocação digna, basta ao time criar a consciência do Manto que defende e fazer uso da loção ” vergonha” na cara. Não sustentamos essa folha salarial para lutar contra o Z4. Olha, essa mediocridade me dá alergia, e lidar com isso para mim é choque anafilático na certa!
Eu vejo meus irmãos de Manto mirarem no futuro, repetindo para si mesmos que no próximo ano tudo será alcançado. Eu mesma repito aos quatro ventos coisas que almejo acreditar de todo coração. As chagas que hoje nos sangram não desaparecerão nos poucos meses que faltam para 2014. Mesmo com uma diretoria perfeita isso seria missão das mais difíceis. Falando nos cartolas …. eu vejo a diretoria traçar planos e depositar no ST boa parte da esperança por dias melhores. Com certeza não dá para sonhar sem money em caixa, e a força da nossa Nação, que pode se transformar em diversos tipos de ajuda, para o ST converte-se em cifras. Ah, cifras. Nesse clube elas sobram e faltam.
Nós precisamos do Flamengo para estar em paz conosco, e o Flamengo precisa de nós para ir avante, em curto, médio e longo prazo. E, já que me proponho a falar em médio e longo prazo, chegar ao superávit, voltar a protagonizar as conversas em bares da Europa. Voltar a estampar a nossa marca nos quatro cantos do planeta de forma cada vez mais maciça. Só é preciso dar as mãos para pisar firme em mais um humilde degrau rumo a nossa recolocação no cenário mundial…
OFF-RIO
Olha, não nasci pra cartola. Mas sei que o Fla para ser ajudado precisa estender a mão para a sua Nação por completo. Ele precisa permitir que qualquer tipo de torcedor possa chegar a ele, gerando uma combinação de lucro mais apoio imbatível. Porque não explorar caravanas gerenciadas pelo próprio Flamengo, saindo de pontos estratégicos em estados como Alagoas, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Sergipe, Ceará…? Poderiam ser realizadas com suporte das Embaixadas, já experientes no gerenciamento de caravanas, que com todo prazer poderiam dar grande apoio, principalmente em termos de divulgação local. E porque não planos com vantagens específicas que facilitassem ainda mais o acesso a sede, alguns treinos e jogos aos que residem fora dos confins do Rio? Talvez essas medidas não garantissem uma imensa fonte de renda, mas com toda certeza reforçariam a ligação clube-torcida e ajudaria na perpetuação do nome do CRF nas regiões. Acima de tudo, seria um cuidado, um carinho, com a maior parte do nosso maior patrimônio.
ACESSIBILIDADE NO ST
Não vejo motivos para não criar um ou mais planos mais ”acessíveis” . Poderiam ser feitos, quem sabe, em quantidade limitada de adesões, quantidade essa que seria preenchida com sucesso. Seriam planos mais simples, mas que dariam a honra para um pai de família que ganha o salário mínimo, de ser um sócio. Na minha teoria, o limite numérico de tais planos e o acréscimo de vantagens mais tentadoras garantiriam as adesões nos outros planos do ST.
VOAR, VOAR
O Mengão do Jayme não vai assim tão mal nesse brasileirão. Vai mal, mas nem tanto. Come o arroz com caldo de feijão, faz um trivial insonso para fugir da desnutrição e sobreviver. Só que sobreviver, somente, não basta. Nunca bastou. E, o que nos move é a capacidade de crer, pelo nosso amor ao Mengão. Amor que para se conservar em plena vibração, nos momentos de dificuldade ou mesquinhagem futebolística, mira nos próximo voos. Agora, percebemos a necessidade de recolocar o Fla na boca do mundo. Nos libertar dessa amarração, reconquistar o globo! Não há fórmula para o sucesso, tampouco planos, teorias que se consagrem sem esforço, sem luta. No pain, no gain, baby. Há de haver a entrega por parte de jogadores, dirigentes e torcedores. Sempre é tempo de mudar, de agir, de exigir e fazer por onde. O mundo da bola gira e é cansativo se perder apenas em sonhos, caso acordemos em meio ao caos. Quem não é por nós é contra nós. Tudo tem de conspirar ao nosso favor por via de nós mesmos. Não há mais tempo para jogadores sem sangue ou cartolas sem direção. Façamos um presente que honre o nosso passado e garanta o nosso futuro.
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