Meus ídolos de carne e osso

Na última quarta-feira, participei de uma tarde de autógrafos com Adílio, Andrade, Júlio César “Uri Geller” e Rondinelli, o Deus da Raça. Não nego a emoção de conhecer pessoalmente esses ex-jogadores que, para mim, sempre serão o símbolo de um Flamengo vitorioso, o Flamengo que marcou uma geração e permanece na memória até de quem não é rubro-negro. Sempre digo que gostaria muito de ter visto aquela geração jogar, mas desde que me entendo por flamenguista, sei da importância desses ídolos.
Quando eu ainda sonhava em ser jogador de futebol, tive a oportunidade de jogar com Adílio. Ele foi o único da geração dos anos 80 que conheci pessoalmente até então. Fiquei com uma fixação pelo número oito. Queria sempre jogar com esse número, e tenho várias camisas com o oito às costas, incluindo uma do próprio Adílio. Aliás, já perdi a conta de quantas camisas do Flamengo tenho. Sou completamente apaixonado pelo Manto Sagrado.
No evento, fiquei impressionado com o carinho dos torcedores por esses monstros do futebol. Mulheres e crianças, talvez sem nem saberem a real dimensão do que esses caras representaram e conquistaram pelo Flamengo, estavam ali, celebrando. Tenho certeza de que, se ainda não sabiam, logo irão descobrir quem eles foram e o que significam para o Flamengo. E, ao entenderem isso, se apaixonarão ainda mais pelo clube.
Nasci em 1984, então não vi a maior e melhor geração do Flamengo em campo. Mas meu amor e minha paixão fazem com que eu sinta como se vivesse o Flamengo desde que Borgerth, Píndaro, Baena, Gustavo de Carvalho e companhia atravessavam a pé da Praia do Flamengo até a pracinha em frente à Praia do Russel para treinar, em 1911. Por que será que me emociono tanto sempre que vejo o gol de Rondinelli na final do Carioca de 1978? Não sei explicar, assim como não consigo descrever a emoção que senti ao ver Rondinelli pessoalmente.
A mesma emoção tomou conta de mim ao conhecer o grande Júlio César “Uri Geller”, que aterrorizava os zagueiros pela ponta-esquerda; Adílio, que compôs um dos melhores meio-campos da história do Flamengo, marcou o segundo gol contra o Liverpool no Mundial de 1981, brilhou na final do Brasileiro de 1983 contra o Santos e vestiu o Manto 616 vezes; e Andrade, que ganhou tudo pelo Flamengo, deu o passe para Bebeto no gol do título brasileiro de 1987, fez o sexto gol na histórica goleada de 6×0 sobre o Botafogo, e como técnico nos guiou ao sexto título brasileiro, após 17 anos de espera.
O que esses ídolos fizeram pelo Flamengo está eternizado na minha memória, assim como o dia em que pude conhecê-los de perto. Meus heróis, de carne e osso! Sem seguranças, sem estrelismo, apenas com simplicidade e simpatia, atenderam a todos com sorrisos. Para sempre terão o carinho da torcida.
Só tenho a agradecê-los por tudo o que fizeram pelo Flamengo e por me proporcionarem mais um dia inesquecível na minha vida! Como dizia Rondinelli ao atender cada torcedor: “Saudações Rubro-Negras!”
Tulio Rodrigues
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