O eterno receio de golear.

Antes do início da partida, em resposta a um repórter, Luxemburgo confirmou quando perguntado sobre o planejamento do futebol para 2015. Sim, e estava escalando Mugni e Anderson Pico, nesse sentido. O Argentino pode-se erguer uma dúvida em relação ao seu contrato. Se encerra ao fim deste ano ou não. Mas o fato principal da partida – que não é só dessa, como de muitas outras – é o excesso de previsibilidade do Flamengo quando a frente do marcador.

O Coritiba foi ao Maracanã num 4-3-2-1, para enfrentar o Flamengo num 4-2-3-1 com: Paulo Victor; Léo Moura, Wallace, Samir e Anderson Pico; Márcio Araújo, Canteros, Gabriel, Everton e Mugni; Nixon. Márcio Araújo e Canteros como volantes, Gabriel e Everton nas pontas com Mugni centralizado e Nixon isolado.

Assim jogou o Flamengo, no contra-ataque, que virou tradicional após a chegada de Luxemburgo e numa ótima partida de Héctor Canteros. Já quem fez uma partida razoável foi Lucas Mugni, autor do primeiro gol da tarde. Aos 18 minutos do primeiro tempo, Everton enfiou bola para Nixon na ponta direita, que achou Mugni sozinho na ponta esquerda. Bola cruzada rasteira e batida com o pé direito no canto esquerdo de Vanderlei. Abertura de placar no Maracanã.

O Coritiba era com Alex, o famoso “joga nele e reza”. E assim dificilmente fluiria. O time paranaense resolveu apertar o Flamengo e o jogo ficou truncado no meio-campo. Ninguém conseguia mais avançar. Alex tentou, mas nada conseguiu.

No retorno ao segundo tempo, o jogo continava truncado, porém parecia mais propício para mais chances a Gabriel e Everton. E aos 12, a chance veio. Gabriel partiu pela ponta direita, passou pela marcação e esperou o momento certo para tocar e Everton chegar empurrando pro gol. Dois a zero, e teoricamente o jogo estava resolvido. Só na teoria.

Gabriel, Everton e Nixon com mobilidade constante, trocavam passes e faziam o que queriam com a defesa do Coritiba. Numa das movimentações, Anderson Pico era quem participava. Tabelou com Everton e o deixou na entrada da área. Everton tentou passar e foi derrubado. Pênalti duvidoso e mal cobrado por Chicão, que perdeu.

O placar apontava dois a zero e o risco iminente de reação do Coritiba, pois ainda eram 21 minutos. O Flamengo relaxou com o placar e chamou o Coritiba pro seu campo. Ele foi, e com Joel diminuiu. Um chute seco, de direita, na entrada da área de Paulo Victor.

Canteros que vinha de boa partida, apareceu mais uma vez. Achou Nixon livre na frente de Vanderlei. Que driblou o goleiro e tocou pro gol. Três a um. Resolvido? Ainda não!

Em cruzamento pra área, Joel fez de cabeça. O segundo dele, o segundo do Coritiba. Que podia buscar o empate, mas o Flamengo preferiu tocar bola, receoso, porque às vezes é como se vencer por goleada(tendo chances) fosse um crime. Foi o último jogo do Flamengo no Maracanã, este ano pelo Campeonato Brasileiro. Com 47 pontos, livrou-se de qualquer chance de rebaixamento e agora é continuar o dito planejamento – segundo Luxemburgo -, que já está em curso. Dois mil e quinze ainda não será o melhor ano do Flamengo, mas com inteligência e sabendo encaixar as peças nos devidos lugares, dá pra brigar por algo decente.

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Tulio Rodrigues