O meu dia de hexa: O dia Inesquecível!

Tulio Rodrigues
Blog Ser Flamengo
O dia 6 de dezembro de 2009 para mim é um dos únicos dias inesquecíveis na minha vida e creio que na de todos os outros Rubro-negros. 
Na manhã daquele dia bastava olhar para a face de qualquer rubro-negro para perceber que algo de muito bom estava prestes a acontecer e era pra ficar feliz mesmo, pois não é todo dia que se têm chances claras de ser campeão Brasileiro. Antes do jogo rolavam as especulações de que o Grêmio entregaria a partida para que seu maior rival, o Internacional não conquistasse o título. Sinceramente não fiquei feliz com as especulações, pois título conquistado sem batalha na final não é título.
Quanto mais se aproximava a hora do jogo mais ia crescendo a ansiedade pela vitória. Lembro que na minha Rua noventa por cento das pessoas eram rubro-negras e o resto era resto. No momento em que coloquei o pé fora de casa, vi uma multidão de pessoas em frente ao telão do barzinho que tinha ali perto, pessoas ansiosas para o grande jogo. O bar já estava pequeno, tinha capacidade para 40 pessoas e a meu ver tinham mais de 200 pessoas. Com tantas pessoas juntas criou-se uma sensação muito próxima daquela que você sente quando está no estádio.
Deu a hora do jogo e assim que a bola rolou no gramado já senti arrepios, fogos estavam sendo soltos sem parar e o céu estava Vermelho e Preto cheios de balões voando. Percebi que naquele dia a sorte estava para o nosso lado, porém não era o que parecia, com tantas chances claras que o Flamengo desperdiçou. O lema bastante usado no Futebol “Quem não faz leva” veio a virar realidade assim que Roberson marcou para o Grêmio logo no primeiro tempo. Após o gol, quando olhei para os lados parecia que tudo estava acabado, a torcida que tanto gritava se calou, mas não foi por muito tempo. Logo depois David Braz que era sempre o mais zoado de todos, marcou o gol. A alegria e a expectativa voltaram a todos os rubro-negros, lembro que ficamos cantando “Mengo estou sempre contigo, somos uma nação” por bastante tempo e aquilo não cansava, era uma coisa tão prazerosa de fazer que não me cansava. Mas o empate não era o bastante já que o Inter estava triunfando sobre seu adversário.
Bem na hora do intervalo foi à hora que parei para refletir, que tinha ido a bar apenas comprar o refrigerante que haviam me pedido. Fui correndo para casa entregar o refrigerante e voltar para o bar, pois não queria perder um minuto de emoção junto com aquela nação como ficou conhecida após o jogo.
Jogadores voltando ao gramado e ali eu estava no meio de uma nação, sem unhas para roer, pois já havia ruído tudo na primeira etapa e ansiava por mais gols. No início o Flamengo já voltou pressionando com aqueles cruzamentos e lançamentos espetaculares de Petkovic para Adriano que chutava e parava nas mãos do goleiro gremista. Estava de arrepiar no momento em que surgiu uma chance de bola parada para o Flamengo e que foi com num escanteio. Lembro o narrador dizendo “será um gol olímpico”? Afinal de Petkovic pode-se esperar qualquer coisa quando a bola ainda estava ao chão. Não havia ninguém com chances claras de gol, mas do nada vem correndo uma carinha lá de trás, sozinho, sem nenhuma marcação pulou e cabeceou. Aposto que até agora o goleiro esta lá procurando onde essa bola passou. Eu também não sei por onde essa bola passou, mas sei que foi um gol para ficar na História.
Eu era baixinho e como tantos outros, não conseguia ver o jogo, mas ouvi a narração e quando o árbitro deu o apito clássico final com aquelas duas apitadas de quem se senti aliviado e ao mesmo tempo privilegiado de ter sido árbitro de um grande jogo. Naquele momento abracei até quem não conhecia, mas sabia que se estava ali era rubro-negro, então podia abraçar. Infelizmente não tinha mais voz para poder gritar de emoção, pois já tinha gasto tudo na hora dos gols, porém comigo havia uma buzina á gás, que não teve descanso, buzinei até o gás acabar e mesmo assim não estava satisfeito. Depois de uma hora voltei para casa e vi o rosto de pessoas que estavam mais alegres do que nunca, uma alegria compartilhada, uma alegria que só é proporcionada aos torcedores rubro-negros, uma alegria de Campeão.
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