O Nordeste faz bem ao Flamengo!

O Nordeste faz bem ao Flamengo!

Ficha técnica da partida:

Escalação do Bahia:
Marcelo Lomba; Fabinho, Danny Morais, Tite, Hélder; Fahel, Diones, Kléberson, Mancini, Gabriel; Souza.
Esquema: 4-5-1. **Técnico**: Paulo Roberto Falcão.

Escalação do Flamengo: Paulo Victor; Luís Antônio, Marllon, Arthur Sanches, Ramon; Aírton, Ibson, Renato, Adryan; Deivid, Hernane. Esquema: 4-4-2. **Técnico**: Joel Santana.

Gol(s): Hernane (30’ 1º tempo), Renato (26’ 2º tempo – Flamengo); Kléberson (26’ 2º tempo – Bahia).

Cartões Amarelos: Fahel, Mancini, Júnior (Bahia); Luís Antônio (2), Renato (Flamengo).

Cartão Vermelho: Luís Antônio (Flamengo).

Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento. **Auxiliares**: Fabiano da Silva Ramires, Otávio Correia de Araújo Neto.

Confiar no Sr. Joel Santana é uma tarefa árdua. Durante a semana, enquanto “o mundo rubro-negro” ficava atento às possíveis contratações de Diego e/ou Juan, uma pequena parte da torcida (incluindo eu) sabia que desviar o foco deste jogo contra o Bahia para alimentar, mais uma vez, os sonhos e corações de milhares de rubro-negros poderia ser um caminho sem volta.

Por diversas vezes, comentei nas redes sociais: “Graças a Deus que nenhum deles veio para o Flamengo!” Fui chamado de todos os nomes que você(s) pode(rem) imaginar. Mas, lá na frente, essas pessoas que não entenderam muito bem o meu agradecimento verão que, se tudo for feito dessa forma, dará certo.

Enfim, vamos ao relato do jogo.

Como mencionei anteriormente, confiar no Joel é uma tarefa para “gente grande”. Ele “prometeu” durante a semana passada que colocaria Adryan como titular no jogo de hoje. E, desta vez, dito e feito!

Adryan pode não ter feito uma partida brilhante, como uma grande parte da torcida já espera. Contudo, contribuiu significativamente para que as jogadas no meio fluíssem. Como o time, há algum tempo, joga com praticamente quatro volantes – Luís Antônio na lateral não deixa de ser um volante – e Bottinelli está fora de combate, coube a Adryan tentar ser o desafogo para o Flamengo.

Em certo momento do jogo, Adryan desapareceu – normal. Sob pressão do Bahia, o Flamengo tentava jogadas diretas nos pés de Deivid e Hernane. Na teoria, isso não deveria funcionar, mas, desta vez, funcionou!

Aos 30 minutos, Renato avançou e cruzou. Tite cortou mal de cabeça, e a bola sobrou nos pés de Hernane, que dominou e chutou com o pé direito. No canto de Lomba, que nada pôde fazer.

O Bahia não sentiu o gol do Flamengo e rapidamente empatou.

Hélder lançou Gabriel, que passou nas costas de Luís Antônio. O meia cruzou para Kléberson, que, de carrinho, empatou o jogo.

Aos 44 minutos, ocorreu um lance que, na minha humilde opinião, foi de alto rigor por parte do árbitro Francisco Carlos Nascimento. Mancini, em uma arrancada, foi parado por Luís Antônio em uma simples dividida. Ele recebeu o cartão amarelo – seu segundo no jogo – e saiu de campo, triste, com a certeza de que não jogará na quarta-feira contra o Corinthians, no Engenhão.

Fim de primeiro tempo.

Retornando para o segundo tempo, Joel, ciente de que teria a dura missão de organizar o time para marcar o gol da vitória e, ao mesmo tempo, se defender, por ter um homem a menos, fez algumas alterações. Colocou Aírton na lateral direita e recuou Ibson.

Talvez por ser muito jovem e sentir a pressão do jogo, Adryan foi substituído. Em seu lugar, Diego Maurício, que mais uma vez teve uma péssima atuação.

Carecendo de criação e inteligência no meio-campo, mesmo sem querer, o Flamengo convidou o Bahia para o seu campo de defesa. E a pressão começou!

Danny Morais cabeceou forte, e Paulo Victor segurou. Mancini chutou cruzado, e Paulo Victor novamente!

Em uma das raras vezes em que o Flamengo conseguiu atravessar a fronteira do meio-campo, Hernane lançou Ibson dentro da área, que se chocou com Fabinho, e o árbitro marcou pênalti. Na minha opinião, não houve pênalti, pois não vi nenhum toque de Fabinho que pudesse derrubar Ibson.

Na cobrança, Renato foi atrapalhado uma vez por Mancini, que puxou sua braçadeira de capitão. O árbitro mandou voltar. Na segunda e última tentativa, Renato bateu no canto esquerdo do goleiro, marcou o gol e, em um gesto de protesto, tirou a braçadeira e a jogou no chão. O árbitro rapidamente o advertiu com cartão amarelo.

Dos 28 minutos até o fim do jogo, o Flamengo teve de se segurar. O Bahia veio para cima com todas as suas forças. Até marcou um gol com Vander, mas estava em posição irregular.

Esses foram três pontos importantíssimos para o Flamengo, ainda mais por serem fora de casa. O Nordeste definitivamente faz bem ao Flamengo. O que não faz bem é uma boa parte da torcida, ou até uma imensidão dela, achar que está tudo bem. Porque a realidade é outra!

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Germano Medeiros