O Flamengo já vinha enfrentando dificuldades para montar o time para o jogo de ontem. Cáceres e González, convocados para as seleções do Paraguai e do Chile, respectivamente, deram lugar a Marllon e Ibson.
Dorival manteve o esquema 4-3-3, ciente de que o jogo contra o Palmeiras não seria fácil. Para complicar ainda mais, Ibson foi expulso logo no início após duas faltas desnecessárias em Valdívia. Sem Cáceres, a equipe enfrentou momentos difíceis.
O gol irregular de Hernan Barcos abalou o ânimo e o padrão de jogo do Flamengo. Thomás e Negueba, que poderiam focar mais no ataque, tiveram que recuar para ajudar na marcação, assim como Vágner Love. Porém, diferente do que ocorria no esquema de Joel Santana, Love não precisou voltar o jogo inteiro, mas foi forçado a isso pela falta de opções.
Na defesa, Welinton teve alguns erros, mas não comprometeu. Léo Moura começa a sentir o peso da idade, e Ramon fez o possível, embora a noite não fosse favorável para o Flamengo.
Fernandinho entrou numa situação complicada e tentou arrancadas, sendo parado várias vezes com faltas. Isso pode ser positivo, se ele souber transformar essas situações em uma vantagem. O chute forte, uma de suas qualidades, ainda não pôde ser demonstrado, embora tenha tentado um arremate de muito longe, sem sucesso. Ele merece mais chances, mas é bom não apressar sua trajetória para evitar expectativas exageradas.
Liédson, que ficou no Rio aprimorando a parte física, “deixou” sua vaga para Deivid, que foi obrigado a jogar mais recuado, perto do meio-campo, posição em que dificilmente rende bem. Criticá-lo por isso seria injusto.
Mattheus também entrou em campo, mas nada que o Flamengo fizesse parecia levar a um gol. Embora um empate pudesse até ter ocorrido por um lance isolado, ontem não era a noite do Flamengo.
Dorival pode ter errado em alguma decisão, mas não devemos culpá-lo completamente. Ele sabia que seria um jogo difícil. Desde a entrada de Ibson no lugar de Cáceres, o meio-campo ficou mais vulnerável.
Para o jogo de ontem, a expulsão de Ibson foi um golpe duro. Mas para a sequência de jogos, nem tanto. No domingo, Cáceres e González estarão de volta. O resultado do clássico pode não ser o ideal, mas dizer que o Flamengo não jogou nada ontem é um exagero. Vamos ver como o time se sai no próximo jogo, porque ontem fomos a São Paulo com um Fusca disfarçado de Ferrari!
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