PVC vira meme ao vivo, passa vergonha no estúdio e ainda se contradiz sobre Bruno Henrique
As imagens falam por si. Enquanto o repórter Bruno Braz atualizava o julgamento de Bruno Henrique, PVC rompeu a dinâmica do estúdio para repetir, várias vezes, a mesma frase: “A gente paga no débito”. O voto do relator previa multa de cem mil reais ao jogador e o comentarista, num gesto teatral e deslocado, decidiu ironizar a situação como se estivesse num quadro humorístico. O problema é que ninguém ali parecia participar da piada. A apresentadora, visivelmente desconfortável, manteve o olhar preso na câmera enquanto tentava prosseguir com a informação. O clima ficou estranho e cresceu o incômodo de quem assistia.
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Pouco depois o corte já circulava na internet e PVC virou meme. A edição feita por perfis de torcedores só amplificou o ridículo. A repetição da frase, acompanhada da reação atônita da apresentadora, virou combustível para quem já criticava a postura dele. Em poucos minutos o que tinha sido um comentário infeliz se transformou em material de paródia.
A repercussão fez PVC responder no Twitter. Ele afirmou que havia cometido um erro de comunicação, que pretendia se referir a qualquer instituição ao usar a frase “a gente paga no débito”. Pediu desculpas, mas não tocou no ponto central: o comportamento dentro do programa. O pedido de perdão foi direcionado ao mal-entendido das palavras, não à atitude que gerou constrangimento no estúdio e expôs um jornalista conhecido por pregar equilíbrio.
A contradição não parou ali. Horas depois, na coluna que assina no UOL, ele tratou do mesmo caso e apresentou argumentos que se chocam com o que havia dito ao vivo. No programa, classificou o caso de Bruno Henrique como criminal e cobrou dureza, chegando a pedir demissão de auditor por ter solicitado vista. Na coluna, apesar de insistir na tese de gravidade, admite que é possível absolver o atacante e que o tribunal pode ter argumentos justos para isso. Em uma linha, reforça que o caso é essencialmente criminal. Na seguinte, responsabiliza o STJD como se a esfera esportiva tivesse obrigatoriamente de sustentar uma decisão antes da justiça comum.
Para sustentar a crítica, PVC buscou episódios do passado que nada têm a ver com a denúncia atual. Citou Sandro Hiroshi em 1999 e a máfia do apito em 2005, dois casos completamente diferentes, com contextos jurídicos específicos e sem qualquer paralelo direto. A tentativa de amarrar situações tão distintas reforçou a sensação de que ele tentava apenas enfeitar a narrativa para sustentar uma opinião já tomada.
O julgamento de Bruno Henrique ainda se arrasta e deve seguir para esta quinta-feira (13). O pedido de vista, embora incomum, não é ilegal e pode surgir de um ponto novo levantado no voto do relator. A pressa em condenar o auditor e tratar o procedimento como irresponsabilidade só mostra que o debate ficou mais emocional do que técnico. O próprio STJD não investiga, não quebra sigilos, não conduz diligências. Trabalha com documentos reunidos pela justiça comum. Por isso não faz sentido afirmar que o tribunal chamou para si uma responsabilidade que não lhe pertence.
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A sucessão de respostas apressadas, análises imprecisas e mudanças de tom alimentou a avalanche de críticas. O comentarista, antes reconhecido pela sobriedade, tornou-se assunto justamente pelo contrário. A internet capturou o momento e o transformou num retrato cruel do desgaste de sua imagem. Entre frases repetidas, reações desconfortáveis no estúdio e interpretações conflitantes, PVC viveu um dia que dificilmente será esquecido por quem acompanhou.
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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