Rodrigo Dunshee, um tradicional e vaidoso dirigente do Flamengo

Na política do clube, seja nos Conselhos ou nos seus bastidores, nos deparamos com sócios que geralmente integraram ao quadro social e político por hereditariedade. Muitos herdam o título ou nome de um familiar de renome e passam a militar em causa própria. São em sua maioria vaidosos, narcisistas e arrogantes.

Como em toda democracia, o Flamengo tem em seu organograma uma piramide invertida, no qual quem está em cima serve quem está embaixo, porém, o pensamento de muitos parece ser o contrário. Um presidente de poder, membros de comissões ou vice-presidentes são voluntários. Quando não são nomeados, eles se voluntariam no processo eleitoral para servir aos sócios e a torcida. Não estão nos fazendo favor, estão na condição porque querem e devem como prega o estatuto, nos prestar contas.

O candidato a presidente pela Chapa Amarela, José Carlos Peruano se define como “a voz dos excluídos” e não deixa de ser uma verdade. Esses dirigentes, assim como Rodrigo Dunshee, gostam de diminuir quem os questiona. Se você não é abastado financeiramente, não tem curso em Havard e não tem sobrenome conhecido, eles procuram ignorar, mostrando o claro preconceito social que é visto por qualquer um nos Conselhos, que em sua maioria não tem negros, mulheres e pobres. Por estar na última condição, Rodrigo Dunshee ao ser questionado por mim no Twitter, me mandou procurar a secretaria e ler o estatuto.

Meu questionamento foi simples: Antonio Alcides, candidato a presidente do Conselho Deliberativo e atual secretário do mesmo, assinou uma convocação como presidente em exercício. Ele pode convocar uma reunião a pedido do presidente, mas não assinando como presidente, está no Regimento Interno do CoDe. Para ele assumir, convocar, assinar e presidir reuniões, tanto Rodrigo como Lomba deveriam ter se licenciado ou renunciado ao cargos de presidente e vice, respectivamente. O que não aconteceu (Em entrevista a mim, Lomba disse que se licenciou, porém nunca foi enviado nada aos Conselheiros), pois nem um e nem outro comunicou aos Conselheiros sobre e Rodrigo mentiu ao me responder no Twitter que estava impedido. Resumindo: Ele fere o estatuto e o Regimento Interno. Você pode ver mais detalhes no vídeo que fiz sobre o Conselho Deliberativo no fim deste texto.

Rodrigo não gostou dos meus questionamentos, não me respondeu e se queixou com pessoas próximas por estar lhe cobrando publicamente. Porém, vale lembrar que quando se lançou candidato a vice-presidente da Chapa de Rodolfo Landim, falou com a imprensa em uma coletiva para os maiores meios de comunicação esportivos do país.

Como será o Rodrigo vice-presidente geral caso eles ganhem a eleição? Isso me preocupa, pois um dirigente correto deve saber lidar com questionamentos. Mesmo com todas as criticas que sempre fiz a atual gestão e até mesmo após entrar com um requerimento contra o presidente Eduardo Bandeia de Mello por usar o Flamengo em sua campanha para Deputado, não tive dificuldades para falar com os vice-presidentes e fazer cobertura de eventos. E me preocupa também que tenhamos dirigentes que se colocam acima dos sócios e da torcida simplesmente pelo cargo que ocupam.

E falando do requerimento contra Bandeira, Alcides, indicado por Rodrigo Dunshee como candidato a seu sucessor no Deliberativo, foi quem nomeou a comissão que cuida do caso do presidente pelo uso indevido do Flamengo em sua campanha para Deputado Federal. Segundo alguns, a comissão foi formada para absolver o mandatário e o parecer será nesse sentido. Vamos aguardar.

O meu texto é uma reflexão: O Flamengo que propaga profissionalismo ainda tem espaço para “meninos mimados” e amadores que não aceitam ser questionados? O clube tão elogiado por sua administração profissional ainda tem espaço para manobras políticas de seus poderes internos? Cabe em nosso quadro quem fere o estatuto mesmo precisando dar o exemplo?

Irei continuar cobrando, criticando, questionando e aplaudindo sempre que julgar necessário independente de quem esteja na gestão e em qualquer poder do clube. Sou pobre, aprendi que cara feia é fome e como diz a música do Criolo: “Meninos mimados não podem reger a nação”. Amadureça, Dunshee!

Tulio Rodrigues


Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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