Sem pressão

Terceira rodada da Taça Rio, e ao Flamengo só a vitória interessava no caminho para a classificação às semifinais do turno.
Jorginho apostou em Carlos Eduardo, imaginando que ele pudesse dar uma resposta positiva. Infelizmente, mais uma vez, não deu certo! E, para piorar, logo aos 3 minutos de jogo, numa triangulação pelo meio, saiu o gol do Bangu. Hugo cruzou da direita, e Sérgio Júnior chegou batendo para abrir o placar. Luiz Antônio, que deveria ter marcado Sérgio Júnior, falhou na marcação.
A partir daí, toda a formação armada por Jorginho para tentar deslanchar e conquistar sua primeira vitória no segundo turno não surtiu efeito. O Bangu logo recuou e ficou apostando nos contra-ataques até o fim do jogo.
O time do Flamengo parecia incapaz de arriscar uma jogada individual, algo ousado que pudesse surpreender o adversário. Previsível começou e previsível permaneceu. Toques para lá, toques para cá. Falta de confiança? Talvez. Mas não precisava ser tanto.
No fim do primeiro tempo, o Flamengo ainda teve uma sequência de escanteios que poderiam ter mudado a cara do jogo, mas também falhou.
Para o segundo tempo, Jorginho promoveu mudanças. Luiz Antônio, apagado na primeira etapa, deu lugar a Renato. Com isso, Elias foi deslocado para a lateral direita, permitindo que Renato atuasse em sua posição. Outra substituição foi a saída de Carlos Eduardo para a entrada de Rodolfo, que mudou o jogo.
Aos 20 minutos, Rodolfo recebeu passe de Rafinha, girou de costas para o gol e chutou de esquerda, no ângulo de Getúlio Vargas (ex-Flamengo). Um golaço! Era o que o Flamengo precisava para voltar ao jogo.
O Flamengo ainda teve algumas chances antes de alcançar a virada. Renato, embaixo do gol, mas marcado e sem equilíbrio, mandou por cima. Rafinha chutou cruzado, muito perto do gol do Bangu. Nixon, após receber passe de Rafinha, também mandou por cima – essa, a chance mais clara do jogo.
E foi aos 40 minutos do segundo tempo, no abafa total, que o Flamengo conseguiu a virada. João Paulo cobrou falta pela direita. A bola subiu e desviou na cabeça de Ives, do Bangu. Azar total! Getúlio, traído pela cabeçada, tentou espalmar, mas era tarde demais. Virada do Flamengo. Sofrida, mas valeram os 3 pontos.
A comemoração dos jogadores após o gol parecia de vitória sobre um grande adversário na última rodada do Brasileirão. Eles precisavam dessa vitória para seguir trabalhando com menos pressão.
A nós, torcedores, fica uma constatação cada vez mais evidente a cada jogo: o time do Flamengo é esse, e será assim por um bom tempo. Léo Moura e Ibson, por exemplo, não jogaram. Ibson até viajou com a delegação, estava no estádio, mas não foi sequer relacionado. Léo Moura nem viajou. A idade e a falta de produtividade estão pesando para ambos. Por enquanto, essa foi a única “boa decisão” que Jorginho tomou: barrar dois jogadores que só vinham comprometendo a qualidade do elenco.
Querer cobrar algo mais de Jorginho, agora ou depois? Não adianta, nem talvez daqui dois meses. O time é esse: ruim, sem confiança e que precisa de um empurrão para mostrar o que ainda possa ter de qualidades. No mais, sem tanta pressão. Porque, enquanto o time sua para vencer por 2 a 1 um Bangu dentro de campo, lá fora – ou melhor, lá dentro – a diretoria trabalha para que nós, torcedores, possamos ter um futuro melhor. Assim espero!
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