O Flamengo vinha de um jejum de cinco anos sem conquistar um título regional até a decisão contra o Fluminense em 1991. A última conquista havia sido o Campeonato Carioca de 1986, contra o Vasco da Gama.
Naquela temporada, o Flamengo contava com o retorno do Maestro Júnior e tinha Carlinhos como técnico. O time campeão carioca de 1991, inclusive, formou a base que conquistou o pentacampeonato brasileiro no ano seguinte.
No primeiro jogo da decisão, empate em 1 a 1. Paulo Nunes marcou para o Flamengo, enquanto Ézio deixou tudo igual para o Fluminense. O Flamengo precisava vencer no segundo jogo para evitar a realização de uma terceira partida. Já o Fluminense jogava pelo empate para levar a decisão adiante.
O Jogo da Decisão
Com o regulamento em mente, o Flamengo começou a partida de forma comedida. O time rubro-negro controlava a posse de bola, mas sem levar perigo ao gol tricolor. A melhor chance inicial foi do Fluminense, em um chute de Ézio de fora da área que assustou a torcida rubro-negra.
O Flamengo começou a ser parado com faltas constantes e, em uma delas, Júnior cruzou para Gaúcho cabecear, levando perigo ao goleiro Ricardo Pinto. Pouco depois, Paulo Nunes protagonizou uma bela jogada que quase terminou em gol de Nélio. A torcida rubro-negra, inflamada, empurrava o time, que passou a pressionar pela direita da defesa tricolor.
Apesar da pressão, foi o Fluminense quem abriu o placar. Aos 37 minutos, em uma jogada pelo meio, Ézio aproveitou o próprio rebote e marcou um golaço. O Flamengo sentiu o golpe e passou a errar passes bobos, sem conseguir ameaçar novamente até o intervalo.
A Virada Rubro-Negra
No segundo tempo, o Flamengo voltou melhor. Júnior comandava o meio-campo com maestria, enquanto Nélio e Paulo Nunes levavam perigo pelas laterais. Aos 12 minutos, após uma boa troca de passes, Piá cruzou e Uidemar, de cabeça, empatou a partida.
A partir daí, o Flamengo aumentou a pressão, principalmente pelo lado direito da defesa tricolor. Júnior, em grande forma, era o motor do time e só era parado com faltas. Em uma dessas jogadas, entortou Carlinhos Itaberá, que acabou expulso após uma entrada dura no Maestro.
O segundo gol nasceu novamente pelo lado direito. Piá cruzou e, dessa vez, o artilheiro Gaúcho cabeceou para virar o placar: 2 a 1. Pouco depois, Pires foi expulso após uma jogada violenta, deixando o Fluminense com nove jogadores em campo.
Com ampla vantagem, o Flamengo não deu descanso. Paulo Nunes lançou Nélio, que rolou para Zinho acertar um chute perfeito de fora da área, ampliando para 3 a 1. Apesar da torcida tricolor já estar deixando o estádio, o Fluminense ainda diminuiu com Ézio, aproveitando uma falha de Junior Baiano: 3 a 2.
O Gol do Maestro
Aos 38 minutos, para coroar a festa, Júnior tabelou com Zinho, que o deixou cara a cara com Ricardo Pinto. O Maestro não desperdiçou e marcou o quarto gol do Flamengo, fechando o placar em 4 a 2. Nesse momento, apenas a torcida rubro-negra ocupava as arquibancadas do Maracanã, celebrando de forma ensurdecedora.
No apito final, o campo foi invadido por torcedores em êxtase, e os pedidos para que Júnior estendesse sua carreira se intensificaram. Ele atendeu ao clamor da torcida, e o resto dessa história todos conhecem!
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