Série – #Zico60Anos – “Parabéns, Zico! Mas eu preferia que fosse o “Zico 40″” – Por Fred Gomes

Série – #Zico60Anos – “Parabéns, Zico! Mas eu preferia que fosse o “Zico 40″” – Por Fred Gomes

Por Fred Gomes
Editor e Jornalista do Mais Jornal

Eu sou o único indignado nesta festa maravilhosa. Zico, não vou te dar parabéns, não! Se você estivesse fazendo 40 anos, aí sim! Estaria soltando foguetes! Com certeza, eu, que tenho 27, teria acompanhado os melhores momentos do tempo em que você reinou. Do tempo em que o Flamengo foi o melhor do mundo.

Calma, Nação Rubro-Negra! Essa brincadeira não deve nem tomar 60 segundos do tempo de vocês e do nosso Rei Arthur!

Ainda bem que ele tem 60 anos. Assim, meu pai, o meu grande ídolo, pôde me contar as histórias de um Super-Herói antes de dormir.

Os gols deste herói e os troféus erguidos por ele me permitiram, mesmo num período de vacas magras, bater no peito e dizer: “Eu sou Flamengo, o maior do mundo, o time do Zico“.

Zico, além de ser um ser humano (e nem sei se esse cara é humano mesmo), é uma parte essencial da minha formação. Lendo sobre o Flamengo dele, aprendi Geografia, conhecendo o mapa-múndi com jornadas contra Jorge Wilstermann (BOL), Olímpia (PAR), Deportivo Cali (COL), Cobreloa (CHI), Barcelona (ESP), Real Madrid, Milan (ITA), Seleção do Iraque e tantos outros.

Tornei-me um matemático ao somar e multiplicar gols, dividindo-os em títulos. Quantos títulos!
Fui um pouco médico ao aprender sobre o Projeto Soma, que transformou um Galinho em um Gigante.
Pude trocar as folhas do jornal e me tornar músico, ouvindo as vozes de Moraes Moreira e Jorge Ben, que, respectivamente, cantaram “Saudades do Galinho” e “Camisa 10 da Gávea“.

Depois de aprender tanto com a trajetória desse Super-Herói, aos 21 anos comecei minha carreira de jornalista. Essa profissão me possibilitou entrevistá-lo diversas vezes. Sempre era uma emoção falar com ele. Já cheguei até a irritar meu ídolo de tanto ligar para ele (risos).

Os últimos contatos foram especiais demais. Em 25 de novembro, recebi do Salvador uma mensagem de Feliz Natal. Recentemente, tive a oportunidade de conversar com ele sobre Rafinha, outro presente dado por ele a nós, mais uma prova da magnitude desse gênio. Liguei para ele às 13h30 para falar sobre o moleque depois do sapeca no Vasco por 4 a 2. Ele, atencioso como sempre, me pediu um tempo: “Fala, Fred! Tudo bem? Cara, estou gravando um negócio aqui no Flamengo. Me liga às 18h30, tá bom?” Respondi: “Claro”.

Às 16h30, duas horas antes do combinado, o telefone da redação tocou e vi o número mágico do Galinho. Minha mão tremeu e, eufórico, soltei para os colegas: “O cara é foda, me retornou!”.

Conversamos por um longo tempo, e ele, mesmo sem precisar provar nada a ninguém, desabafou comigo ao ver a joia Rafinha desabrochar:
Será que eu fiz tão mal ao Flamengo? Escutaram pessoas que não sabem porra nenhuma de Flamengo.”

Então, Zico, desculpe-me por escrever tanto, mas não há palavras para descrever o que você significa. Parafraseando Luciano do Valle em um de seus golaços: “Não há adjetivo que o defina“.

Os vídeos, entrevistas e histórias contadas pelo meu pai, o MEU HERÓI, rebaixaram os super-heróis da ficção e colocaram você em seu devido lugar na galeria de Super-Heróis: no topo. E você, por incrível que pareça, é de verdade.

Parabéns, Zico. Saudações Rubro-Negras e, muito, MUITO OBRIGADO!

MENGO!!!

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