RIDÍCULO!

RIDÍCULO!

Essa talvez seja a imagem que melhor represente o momento atual do Flamengo. Nela, vemos Ronaldinho Gaúcho comemorando mais um gol com a camisa do Flamengo e dançando para a torcida.

Mas o que poderia estar ou se esconder por trás dessa aparentemente “inocente” dancinha do astro mundial Ronaldinho Gaúcho? A resposta virá no próximo parágrafo — porque, como você já deve ter notado, este pós-jogo não será focado nos lances da partida, e sim em mais um desabafo inútil, triste e revoltante. Vamos ao que realmente importa!

Ao longo da semana, algumas picuinhas surgiram. Não gosto de usar essa palavra, mas para a ocasião ela é necessária. A maior confusão da semana no Flamengo foi o episódio em que o irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, Assis, foi à loja oficial do Flamengo, localizada dentro da Gávea (um local que, aliás, já tive a honra de conhecer). Lá, ele se aproximou do balcão com cerca de 40 camisas oficiais e disse aos vendedores: “Já que o Flamengo não paga o meu irmão, eu também não vou pagar por nada disso.”

O episódio chegou aos ouvidos de Patrícia Amorim, que, como sempre, foi omissa. Ou seja, não fez nada.

Você pode se perguntar: “Mas por que tocar nesse assunto, se nada tem a ver com o jogo de ontem?” E eu te respondo: “Tem tudo a ver com o jogo de ontem, e com todo o tempo de Ronaldinho no Flamengo, desde janeiro de 2011.”

Vejam bem, amigos… Quando Assis entra na loja do Flamengo na Gávea e declara que não vai pagar por nada porque o Flamengo não paga ao seu irmão o que deve, isso é antiético ao extremo. Mas ele não está errado ao cobrar o que lhe é de direito. A questão é outra: imagine se o Flamengo decidisse pagar ao Ronaldinho apenas com base no que ele produz em campo. Será que ele receberia sequer um salário mínimo? Pode parecer exagero, mas, ao mesmo tempo, não é.

Assis errou gravemente ao entrar na loja, pegar dezenas de camisas e sair dizendo que não pagaria nada porque o Flamengo “não paga” ao seu irmão. Mas, se o próprio Assis analisasse o jogo de ontem — ou, quem sabe, o dia a dia de Ronaldinho no clube — ele certamente o enquadraria, assim como Zinho fez essa semana, o que desagradou o jogador.

O resultado do jogo foi Flamengo 3 x 3 Internacional. Um placar que reflete o momento atual do Flamengo, tanto em termos de gestão quanto de espírito, convivência e tudo mais que envolve o clube atualmente, dentro e fora de campo. Jogadores que não se gostam, um técnico omisso e medroso, dirigentes ainda mais omissos… Esse é o Flamengo de hoje. A imagem do post mostra um momento de felicidade e descontração de um jogador após um gol, mas vai muito além, ou melhor, aquém da felicidade dele.

Ronaldinho Gaúcho chegou ao Flamengo com status de rei. Acho que nem o Zico recebeu tratamento igual quando saiu (ainda como jogador). E, quando ele deixou o Flamengo como dirigente, a história foi bem diferente: Zico foi “chutado”, “apedrejado” e “pisoteado” por essa corja de dirigentes imbecis e retrógrados que o Flamengo ainda mantém em pleno 2012. Hoje, Ronaldinho faz o que bem entende e dita as regras. Se quer, treina. Se não quer, fica tranquilo, pois não há ninguém com pulso firme para chegar e dizer: “Amigo, você está sendo pago para isso. Para fazer a alegria de milhões de pessoas, tanto aqui no Brasil quanto no mundo. Vamos deixar essa preguiça e esse desleixo de lado e trabalhar, porque eu sei que, todo mês, você e seu irmão fazem questão de que os R$ 1,25 milhão caiam na sua conta.”

Acreditar que o Flamengo vai melhorar do jeito que está? Difícil. Confiar neste time? Pior ainda. Amar incondicionalmente? Claro que sim. Mas o pior cego é aquele que não quer ver. Felizmente, aproximadamente 95% da nação rubro-negra já percebeu que o “câncer” do Flamengo vem corroendo o clube há anos.

A foto é de Ronaldinho, mas há muito, muito mais por trás dela. E ninguém está satisfeito com isso. Tudo é simplesmente RIDÍCULO!

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Germano Medeiros