Sobrou azar!
Ficha técnica da partida:
Escalação do Flamengo: Felipe; Wellington Silva, González, Frauches, Ramon; Amaral, Ibson, Leonardo Moura, Cléber Santana; Liédson, Vágner Love.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Dorival Júnior.
Escalação do Fluminense: Diego Cavalieri; Bruno Vieira, Gum, Digão, Carlinhos; Edinho, Jean, Deco, Thiago Neves; Wellington Nem, Fred.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Abel Braga.
Estádio: Engenhão (RJ).
Placar: Flamengo 0 x 1 Fluminense
Gol(s): Fred 17’ 1º tempo.
Cartões amarelos: Amaral, Vágner Love (Flamengo); Digão, Edinho, Jean, Thiago Neves, Fred (Fluminense).
Cartão vermelho: Ramon (Flamengo).
Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique.
Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia, Ediney Guerreiro Mascarenhas.
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Foi mais um Fla-Flu memorável; mais um Fla-Flu tenso, nervoso e gritante; mais um Fla-Flu em que os torcedores foram também técnicos durante os 90 minutos.
Para o Flamengo, uma vitória significaria o início da arrancada rumo à Libertadores. Mas o azar dominou o rubro-negro, e a sorte, além da esperteza do time do Fluminense, foi o ponto crucial da vitória dos tricolores.
Fred, que é inconstante, decidiu a partida mais uma vez, assim como fez no jogo do primeiro turno deste Campeonato Brasileiro. Após um cruzamento de Deco – em jogada originada de um escanteio – o atacante deslocou o corpo para frente, virou-se de lado e emendou um voleio aos 17 minutos do primeiro tempo. Golaço, diga-se de passagem! Sim, sou rubro-negro, mas tenho que admitir, pela ótica do futebol.
Deco vinha bem no jogo até aquele momento. Aliás, o Fluminense estava jogando bem, mas parece que deixou de lado a valentia de correr atrás do resultado, retraiu-se e, para sua sorte, o Flamengo estava com muito azar em campo.
O time tocava, rodava a bola e fazia a tão valorizada posse de bola, mas não conseguia transformá-la em gols. Cavalieri era o “Deus” do Fluminense lá atrás.
Tivemos um primeiro tempo bom, mas não tão movimentado quanto seria a etapa final. Os times se estudaram mais do que arriscaram, exceto pelo lance do gol de Fred.
No retorno para o segundo tempo, a palavra do Fluminense certamente foi: segurança. Em contrapartida, a do Flamengo foi: raça.
Só que os deuses do futebol confundiram-na com a palavra “azar”. Assim, começava um segundo tempo morno para o Fluminense no seu campo de ataque, mas quentíssimo na sua defesa.
Cléber Santana, em jogada com Ramon e Vágner Love, deixou de empatar o jogo. Um lance imperdoável! Aliás, o Flamengo parece se especializar neste tipo de coisa. É uma frase ingrata, mas direi: Deivid, desde que chegou, passou a fazer escola em “perder gols feitos”.
A torcida, que compareceu em bom número, calou-se, apreensiva. O Flamengo apertava, diminuía os espaços e rezava pelos contra-ataques. Cada momento era um martírio, como no incrível lance em que Ramon, contra dois jogadores de ataque do Fluminense – sozinho – conseguiu interceptar a jogada.
Ao Fluminense, faltou sorte lá na frente, mas, mais do que isso, faltou vontade de forçar a jogada. Ao Flamengo, sobrou um extremo azar.
Wellington Silva, em um bate-rebate na área, foi derrubado. Renato, que voltou após mais uma cirurgia – desta vez no joelho – ainda conseguiu marcar o gol, mas foi “anulado” pelo árbitro. Um gol que faria falta. No lance, houve pênalti para o Flamengo. Vágner Love até foi para a bola, mas Bottinelli – que no ano passado decidiu o Fla-Flu do segundo turno – também foi. Confiante, ele não perdeu o pênalti, mas Cavalieri fez a defesa. Ambos acertaram. Apenas o meia rubro-negro teve a infelicidade de escolher o mesmo canto do goleiro.
Se Cléber Santana perdeu um gol e Bottinelli perdeu um pênalti, ainda sobrou tempo para mais uma dose de azar. Renato cruzou da esquerda, Vágner Love finalizou e marcou, mas novamente: não! O gol foi anulado por posição irregular do atacante.
O jogo que se seguiu até os 50 minutos deixou o Flamengo com uma dor no coração e a sensação de vazio, como se soubesse que podia ter chegado lá; de que tinha forças até mesmo para golear o time do Fluminense.
O Fluminense segue líder, com o objetivo, sem dúvida, garantido para o resto do ano: chegar novamente à Libertadores e, certamente, também ser campeão brasileiro. Já o Flamengo, que não jogou mal, mas foi apunhalado pelo azar, busca retomar o bom caminho das vitórias contra o Bahia, tentando lutar pela tão sonhada vaga na Libertadores de 2013. Difícil? Demais. Mas isso aqui é Flamengo, não é?
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