Sinceramente, não estou nem aí para o favoritismo dos tricolores paulistas, para a estreia do Luisinho, a cor da chuteira dele ou o brinco que vão usar no domingo. Eu quero é ganhar, não importa como e por quanto. Exijo o mínimo de raça, suor e sangue nos olhos do time inteiro. Pode parecer exagero, mas tenho meus motivos para ser radical.
Esse é o jogo que vai determinar o que vamos buscar neste Campeonato Brasileiro. Se vencermos, seremos candidatos ao título. Se perdermos, vamos brigar por uma vaga na Libertadores. Alguns podem me chamar de pessimista, mas chega um momento em que precisamos analisar as coisas com racionalidade. O cerco está se fechando, e já ultrapassamos o limite de tropeços e vacilos.
A imprensa parece dar como certa a vitória deles, porque jogam em casa e terão a estreia do “bichado” Luisinho. As atenções estarão todas voltadas para ele, sem dúvida. Tanto da mídia quanto do próprio time. Ao Flamengo, resta anular todas as jogadas ofensivas dos paulistas e fazer o simples, sem invenções. Tá ouvindo, Luxemburgo? No lugar do Léo Moura, coloque o Galhardo, e por favor, não invente de colocar o Fierro ou o Maldonado na lateral! Quando o Fierro fez uma boa atuação jogando ali? E quando Maldonado jogou nessa posição?
Estão criando um clima de festa e oba-oba, e é justamente aí que devemos tirar proveito. A obrigação de vencer é deles, mas como estamos na briga pelo título, também temos que pensar assim. Temos que encarar o jogo como uma decisão e evitar repetir a atuação do último sábado, senão fica difícil vencer qualquer adversário. Falam de tabu, mas quantos tabus já quebramos este ano?
Adilson parece que vai escalar o time com três volantes, pois sabe que do nosso lado temos quem pode fazer a diferença. As piores atuações do São Paulo foram jogando dessa forma. Se os três rivais cariocas tiraram onda contra eles, por que não podemos fazer o mesmo? Se o Flamengo impor seu jogo e criar boas jogadas ofensivas, podemos sair com a vitória.
Ainda não fico fazendo contas ou consultando a tabela dos matemáticos. Acredito no título, simples assim. Quero a hegemonia soberana do futebol nacional. Para isso, precisamos voltar a jogar o futebol que condiz com essa ambição. Não estou falando de dar show ou espetáculo, mas sim de jogar para vencer. O São Paulo foi tricampeão brasileiro jogando um futebol feio e covarde, e até sua torcida questionava a postura da equipe em campo. Contra os adversários restantes no campeonato, temos plenas condições de vencer todos, sem sombra de dúvidas.
A torcida vem fazendo a sua parte, acreditando no título e apoiando a equipe de todas as formas. Mesmo após a amarga sequência de dez jogos sem vencer, a Nação só pensa no hepta. Então, jogadores, vamos lá: entrem em campo, suem a camisa, vistam o Manto Sagrado como uma segunda pele e joguem com o coração na ponta da chuteira para garantir mais uma vitória. Deixem que o nosso amor incondicional ao Flamengo invada suas almas, e como um exército em batalha, vençam com raça e dignidade mais esse desafio.
PS1: Quero dar minha opinião sobre a situação do Deivid. Um jogador ficar sem receber seus direitos de imagem por mais de um ano é absurdo! E é igualmente absurdo a presidente vir a público e dizer que está tudo em dia. Deivid não é pago por gols ou minutos jogados; ele deve receber o que é de direito. A única coisa que achei desnecessária foi ele trazer isso à tona na véspera de um jogo decisivo. Ao que tudo indica, há outros jogadores na mesma situação.
PS2: Se vocês, tricolores paulistas, não gostaram do que disse aqui, só digo uma coisa: – Enfiem a mão delicada de vocês em qualquer buraco que conseguirem alcançar.
SRN!
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