O jogo do último sábado foi um verdadeiro teste para cardíaco. Emoção não faltou. No primeiro tempo, mais parecíamos um bando de loucos — adjetivo comumente associado a uma certa torcida paulista. Imagino o que Luxemburgo deve ter falado no intervalo aos seus comandados, pois a postura no segundo tempo foi completamente diferente. E, com direito a todo sofrimento possível, vencemos.
No entanto, não estou aqui para falar do jogo de sábado, mas dos próximos desafios que, para mim, podem definir o que realmente podemos conquistar neste Campeonato Brasileiro. Na próxima rodada, enfrentaremos o São Paulo no Morumbi. Por conta do “Peladão das Américas”, teremos uma semana inteira para nos preparar. Motivos para vencer não faltam. Primeiro, porque o São Paulo é um concorrente direto ao título; segundo, porque uma vitória nos colocará no grupo que briga pelo troféu; e terceiro, porque um triunfo no Morumbi nos dará um grande impulso moral para seguir na luta. Claro, sabemos que teremos muitas dificuldades.
Em seguida, enfrentaremos a Universidad de Chile pela Sul-Americana, ainda sem local definido para os jogos de ida e volta. Se tivermos que viajar ao Chile, o desgaste pode ser um obstáculo, já que logo em seguida enfrentaremos o Fluminense. Mesmo com a inconstância do Fluminense, não podemos esquecer que é um clássico, e tudo pode acontecer. Uma vitória será essencial.
Três dias depois, receberemos o conturbado Palmeiras de Felipão. Jogaremos em casa e vencer será mais do que uma obrigação! O time deles é fraco, joga feio e tem sido inconsistente no campeonato. Como já afastamos a fama de ressuscitar adversários, acredito em uma vitória. É inaceitável tropeçar em uma equipe que, mesmo com dois jogadores a mais, permitiu ao combalido Atlético-GO empatar após um sufoco. Além disso, podemos tirar proveito das intermináveis brigas políticas internas do Palmeiras, que frequentemente afetam a atuação do time, com Felipão quase sempre no centro dessas questões.
Há algum rubro-negro que ainda esteja com o Ceará entalado na garganta? Pois é, amigos, o Ceará tem sido nossa pedra no sapato. Quem não se lembra que foi contra eles que perdemos a histórica invencibilidade em 2011? Uma derrota de 2 a 1 no Engenhão praticamente decretou nossa eliminação da Copa do Brasil. Fora de casa, empatamos por 2 a 2 e perdemos a chance de nos classificarmos para a Libertadores de 2012. No último confronto, pelo primeiro turno do Brasileirão, empatamos de novo, 1 a 1. Estávamos ganhando por 1 a 0, até que Welinton cometeu mais uma de suas falhas, e deixamos escapar mais uma vitória.
Uma semana depois, receberemos o Santos no Engenhão. Será impossível não lembrar do último encontro pelo primeiro turno, na Vila Belmiro. Estávamos perdendo por 3 a 1, com direito a um golaço de Neymar, mas o Flamengo ressurgiu das cinzas e empatou ainda no primeiro tempo. Seis gols em 45 minutos de um jogo histórico. No segundo tempo, o Santos fez mais um com Neymar, e então surgiu o craque da noite: Ronaldinho. O camisa 10 fez um golaço de falta cobrada por baixo da barreira e depois deu números finais ao jogo com uma assistência de Thiago Neves. Foi um daqueles jogos que ficam na memória de qualquer amante do futebol. Espero que, no próximo confronto, o Santos já esteja com a cabeça no Mundial e não tenha mais pretensões no campeonato. Repetir aquele jogão será difícil, mas é o que todos esperam!
São 15 pontos em disputa. Adversários complicados, mas essa sequência irá determinar o destino do Flamengo na busca pelo tão sonhado hepta e pela conquista isolada da hegemonia do futebol nacional. Serão três jogos em casa e dois fora. No primeiro turno, conquistamos 11 pontos contra esses mesmos adversários, mas acredito que agora podemos vencer todos e somar os 15 pontos essenciais. E lembrando que o campeonato ainda reserva muito mais!
SRN!
Tulio Rodrigues
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