Ficha Técnica da Partida
Escalação da Portuguesa: Dida; Luís Ricardo, Rogério, Valdomiro, Ivan (Raí); Ferdinando, Léo Silva, Boquita, Moisés (Heverton); Ananias (Rodriguinho), Bruno Mineiro.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Geninho.
Escalação do Flamengo: Felipe; Luís Antônio, Frauches, Renato Santos, Ramon; Amaral (Wellington Bruno), Aírton (Ibson), Renato, Cléber Santana; Liédson (Nixon), Vágner Love.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Dorival Júnior.
Estádio: Canindé (SP)
Público pagante: 5.892
Renda: R$ 181.890,00
Horário: 22:00h (Horário de Brasília)
Placar: Portuguesa 0 x 0 Flamengo.
Cartões Amarelos: Rogério, Bruno Mineiro (Portuguesa). Luís Antônio, Ramon, Aírton (Flamengo).
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo, Ivan Carlos Bohn
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Análise do Jogo
Estranho, irritante, difícil, sonolento. Talvez essas quatro palavras resumam bem o que foi Portuguesa x Flamengo ontem no Canindé.
Falando pela atuação do Flamengo, é inevitável o clichê: “É a maior torcida do mundo, a mais bela, que nunca abandona o time.” A torcida rubro-negra, mais uma vez, esteve presente e fez seu papel, apoiando do início ao fim, independentemente da fase do time.
A torcida perdoa muita coisa, até mesmo quando Vágner Love perde dois gols feitos, cara a cara com Dida, ou quando a zaga permite que o lateral-direito da Portuguesa entre na área como quer. Mas também sabe cobrar, e com razão. Um time que não consegue trocar passes a uma distância de 10 metros está longe de ser competitivo.
A Portuguesa teve suas falhas, mas, para o Flamengo, o que importa é o que se passa com o próprio time. E ontem o rubro-negro não fez por merecer a vitória.
Há algumas rodadas, quando o Flamengo vinha de uma sequência de vitórias, qualquer torcedor acreditava: “Agora é focar na Libertadores!” E, naquela fase, parecia uma aposta lógica, pois o time mostrava vontade, jogava com raça, parecia querer vencer. É difícil esquecer o jogo contra o Atlético-MG no Engenhão: estádio lotado, a torcida vibrando, o time jogando como manda a cartilha rubro-negra. Aquela vitória alimentou o sonho da Libertadores. Porém, mais uma vez, o time iludiu a torcida.
O que se viu ontem foi um time acomodado, atribuindo tudo ao azar, sem encarar sua responsabilidade maior: vencer. Nos bastidores, talvez até pensem: “Sem González e Cáceres, fica difícil. Frauches e Renato Santos não se entendem. Léo Moura deveria estar na direita. Aírton não consegue fazer seu papel, e até Negueba faz falta.” Mas a culpa externa nunca resolve o essencial: é o próprio time que precisa reverter essa situação.
O chavão é repetido pelo Brasil: “O Flamengo é ‘incaível’!” Alguns podem discordar, mas história e tradição não garantem nada. Assim como se dizia que o Corinthians nunca ganharia uma Libertadores, e hoje já tem uma. Chegou a hora do Flamengo abrir os olhos e enfrentar os fatos: a distância para o Palmeiras, primeiro da zona de rebaixamento, é de 8 pontos. Restam 8 rodadas, ou seja, 24 pontos em disputa. Quem garante que o Palmeiras não engate uma sequência de vitórias e deixe Flamengo e Bahia numa situação ainda mais complicada?
Podem me criticar, mas a verdade é que, deixando o clubismo de lado e olhando racionalmente, é preciso admitir a realidade. Esse discurso de “incaível” um dia cai por terra.
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