Uma boa vantagem.

No fim de semana pelo Campeonato Brasileiro, Walter sentiu e, seguiu-se o mistério de sua presença no jogo desta noite ante o Flamengo no Serra Dourada. Se Walter sentiu no fim de semana, o Goiás sentiu hoje. Sem seu principal jogador, o time teve suas ações quase que anuladas em todo o jogo – com minúscula exceção para momentos isolados e os minutos finais, que foram de apreensão dos dois lados.

Jayme, que não contou e não sabe quando irá poder contar com Felipe – recém-saído de cirurgia no joelho – mandou a campo Paulo Victor; Léo Moura, Chicão, Wallace e André Santos; Amaral, Elias, Luiz Antônio e Carlos Eduardo; Paulinho e Hernane. Paulo Victor, como já dito, entrara na vaga de Felipe e, a única mudança tática no time foi a volta de André Santos à lateral-esquerda.
O gol fora, na Copa do Brasil é um critério que deve ser levado muito á sério por todos os times que a disputam. E o Flamengo, desde as oitavas de final contra o Cruzeiro vem usando com firmeza. Naquela oportunidade, o gol de Carlos Eduardo no Mineirão foi decisivo para a classificação no Maracanã conseguida por Elias. Contra o Botafogo não houve possibilidade pelo fator do campo neutro.

E pode-se dizer que o Flamengo deu um belo salto rumo a mais uma final de Copa do Brasil em sua história. Num jogo bem cauteloso e estudado, sem muitas chances e com muita teoria, o Flamengo pôs em prática o que vem conseguindo fazer com naturalidade – e que bom que isso vem acontecendo com frequência.

O primeiro gol do jogo nasce de uma tabela entre André Santos e Paulinho, que começam quase na lateral. André Santos recebe de Paulinho que na lateral se encontrava, e desloca-se de volta à sua posição – lateral. Paulinho recebe novo e ótimo passe de André Santos. Entra na área, tira a marcação com facilidade e praticamente rola para o fundo do gol do Goiás, na saída de Renan e por baixo. O Flamengo jogava bem, tranquilo, mesmo que com dificuldade, e começava a desenhar sua vitória em solo distante de casa.

Sem Walter, o Goiás se sentia perdido, sem força para atacar, mas coube um erro em saída de bola do Flamengo para que o panorama, pelo menos, fosse aliviado. Elias tenta sair jogando e vai para o lado errado. Vítor recebe a bola livre na direita e chuta forte no canto direito de Paulo Victor, que foi, mas não conseguiu chegar. O Flamengo sofria o empate mas, enfim, não foi dominado pelo medo do placar igualado.

Tanto que seguiu batalhando em busca do segundo gol, que lhe traria certa tranquilidade, e, como gol fora, seria uma excelente ajuda na volta no Maraca, semana que vem. E Hernane, em jogada confusa, arrumou uma falta na entrada da área. Chicão dirigiu-se à cobrança e a fez com perfeição, no canto esquerdo de Renan, que esperava a bola no lado oposto. Chicão sem dificuldades colocava o Flamengo novamente em vantagem e, mais uma vez, com tranquilidade para jogar e seguir tentando mais algo fora de seus domínios.

Retorno para o segundo tempo sem mudanças e com um Goiás mais aceso; Flamengo, por sua vez, recuou aos poucos e chamou o anfitrião a seu campo.

Foram mais 45 minutos sem maiores sustos, quase como no primeiro tempo. Diferença fica por conta dos gols marcados na primeira etapa. Apenas, do Goiás, um chute num bate-rebate, um contra-ataque perto do fim, que assustou e um lance de um possível pênalti que trouxe polêmica.

Uma boa vantagem num jogo em que a cautela foi até soberba, e um Fla-Flu no meio do caminho. Este é o atual cenário semanal do Flamengo. O Flamengo retorna ao Maracanã na quarta próxima como franco favorito a avançar a mais uma final de Copa do Brasil. Leva consigo a vantagem dos gols feitos no campo adversário e uma certeza: com ou sem Walter, se o espírito for de raça, luta e entrega, estaremos na final. Que o Fla-Flu nos traga bons fluidos!



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Tulio Rodrigues