Uma geração que não se apaga, mas se eterniza

Tulio Rodrigues

Como esquecer uma geração que, entre títulos nacionais e internacionais, trouxe quase cinquenta troféus para o Flamengo? Como esquecer uma equipe que contava com Leandro, Andrade, Adílio, Tita, Júlio César “Uri Geller”, Zico, Rondinelli e Júnior, todos revelados na Gávea, e que ainda tinha Raul, Carpegiani e Nunes?

Ao revisitar os detalhes dessas conquistas, lembra-se que, no primeiro jogo da final do Brasileiro de 1980, Éder fraturou a mandíbula de Rondinelli em uma dividida; que o Flamengo jogava quase diariamente, parecendo sair direto do aeroporto para o campo; e que, de maio a dezembro de 1981, o Flamengo disputou 49 partidas, sendo 35 pelo Carioca e 14 pela Libertadores. Recorda-se também que Adílio teve o supercílio rompido, que Lico perdeu dois dentes e quase perdeu um olho por causa das deslealdades de Mario Soto, do Cobreloa, na final da Libertadores de 1981.

Apagar é um verbo que não se conjuga para essa geração, uma geração que veio para se eternizar e permanecer para sempre na memória dos flamenguistas de qualquer época. Confesso que meu sonho é ainda ver um Flamengo como aquele: um Flamengo que apaixona multidões, que arrebata a emoção, o orgulho e o choro de seu torcedor. Um Flamengo com craques em cada posição, com jogadores que honram o Manto Sagrado com orgulho, coragem e raça.

Esse é o Flamengo que vejo nessa geração. Mesmo para os adversários, foi um dos maiores times de todos os tempos. Um Flamengo reinventado, que se tornou muito mais do que apenas o “time das multidões”, mas também um time multicampeão.

É impossível esquecer, é impossível apagar… Que venham novos títulos, novas Libertadores, novos Brasileiros, mas nunca se apagará um time como aquele, conquistas como aquelas. Esse time é a prova viva e o sinônimo de um Flamengo que deu certo, um modelo que deve ser seguido por qualquer equipe e jogador que deseja se eternizar na história do Flamengo.

Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico (Júlio César). Este é o time base que conquistou o Brasileiro, a Libertadores e o Mundial. E ainda havia Rondinelli, Peu, Cantarelli, Baroninho e outros que me fogem à memória agora.

Obrigado a vocês por fazerem do Flamengo um time de grandes e importantes conquistas, por trazerem a felicidade a milhões de brasileiros, por fazerem do Flamengo um sinônimo de amor, orgulho e alegria no coração de cada rubro-negro!

Túlio Rodrigues

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