Vi, sofri e venci!

Vi, sofri e venci!

Vida de torcedor não é fácil! O sofrimento parece vir impregnado ao ato de torcer. O Rubro-Negro sabe muito bem disso depois desse jogo contra o Cruzeiro. Partida dura, gol anulado para os dois lados e gol da classificação no finzinho. Haja coração! Aliás, se alguém tiver um sobrando por aí, por favor me empreste, porque o meu não vai aguentar tanta emoção.

Antes do início da partida, notícias animadoras nos telões do novo Maracanã. A primeira delas foi a confirmação de Elias no time titular e a escalação pra lá de ofensiva de Mano Menezes. Se nós fazíamos a nossa parte lotando o estádio dignamente após a reforma, Mano fazia a dele pelo menos na escalação.

Mas a proposta ofensiva não se traduzia em chances claras de gol. O jogo era amarrado, cheio de faltas. A cada minuto que passava, aumentava a tensão e o nervosismo na arquibancada.

O segundo tempo foi quando o jogo entrou naquele estágio em que se diferenciam adolescentes de adultos, seja no campo ou na arquibancada. A torcida se mostrava madura, sem desviar do propósito, enquanto o Flamengo controlava os nervos sem afobação, mesmo na situação adversa. Como critiquei Mano pelas escolhas em jogos anteriores, preciso aplaudi-lo agora: acertou ao substituir o lesionado Cáceres por Paulinho, colocando-o na lateral-direita e deslocando Luiz Antonio para o meio.

Nos primeiros dez minutos da segunda etapa, o Flamengo sufocava o Cruzeiro em campo e nós sufocávamos o Cruzeiro na arquibancada! Caramba, que festa linda! As cores, a energia, a torcida numa só voz empurrando o time sem parar!

Em certo momento já era nítido que não merecíamos perder. O Cruzeiro fazia o típico papel de timinho covarde: jogava com o regulamento debaixo do braço — direito deles naquele momento — mas fazia questão de cera a todo instante. Papelão!

Minha tensão era tão grande que, quando Elias fez o gol, achei que ainda estávamos na metade do segundo tempo. Mas não: já eram 43 minutos! E que jogada! Rafinha, que cresceu muito depois da entrada de Paulinho em seu setor, passou a bola para o próprio Paulinho, que encontrou Elias. Ele finalizou com categoria no canto esquerdo de Fábio. Foi a vitória da luta contra a covardia! Nem preciso dizer que me faltou coração pra extravasar tanta emoção, né? O jeito foi abraçar meu amigo Leandro Almeida e o pessoal do Magia Rubro-Negra que estavam comigo no Maraca.

Mais uma vez mostramos que o que emana da arquibancada, pelo menos se tratando da Nação Rubro-Negra, ainda faz a diferença dentro de campo! Somos a autêntica camisa 12, a alma vibrante que falta ao nosso limitado time. Foi assim que vi, sofri e venci junto com o Flamengo, que segue firme na Copa do Brasil!

Que venha o Botafogo!!!

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Tulio Rodrigues