Vocês juntos, ninguém segura!

Germano Medeiros

Ficha técnica da partida:

Escalação do Flamengo: Felipe; Wellington Silva, González, Frauches e Ramon; Cáceres, Luís Antônio, Ibson e Leonardo Moura; Liédson e Vágner Love.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Dorival Júnior.

Escalação do Grêmio: Marcelo Grohe; Pará, Gilberto Silva, Werley e Anderson Pico; Souza, Marco Antônio, Elano e Zé Roberto; Kléber e Marcelo Moreno.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Estádio: Engenhão (RJ).

Placar: Flamengo 1 x 1 Grêmio.
Gol(s): Marcelo Moreno (17’ do 1º tempo – Grêmio); Adryan (16’ do 2º tempo – Flamengo).

Cartões amarelos: Leonardo Moura e González (Flamengo); Gilberto Silva e Vilson (Grêmio).

Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro.
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Fábio Pereira.

Instantes antes do início da partida, Luxemburgo foi perguntado sobre as pretensões do Grêmio para o fim do Campeonato Brasileiro e respondeu: “Nós temos um projeto de quase 40 pontos para o segundo turno. E temos de conseguir, não ficar pensando nos outros times.”

Dorival, também para outro repórter, comentou: “Precisamos da vitória para ganhar confiança novamente.” Embora tenha falado pouco, ele foi objetivo em suas declarações.

O time entrou com algumas novidades. Na zaga, Welinton, machucado, foi substituído por Frauches. A lateral direita ficou com Wellington Silva, enquanto Leonardo Moura foi deslocado para o meio, atuando como homem de criação. González e Cáceres retornaram, e Liédson começou como titular ao lado de Love.

O Flamengo não demonstrou organização no início da partida. O time parecia repetitivo, tocando a bola em seu campo antes de tentar atacar. O Grêmio, como todo bom visitante, apostou no contra-ataque, aguardando uma falha do rubro-negro.

E foi assim que Zé Roberto viu Elano no meio, que encontrou Marcelo Moreno entrando na área, às costas de González. Este, parado, viu Marcelo abrir o placar. É um erro recorrente que o Flamengo não corrige ao longo dos anos. Penso que, mesmo com 4 ou 5 zagueiros, não adiantaria; nenhum consegue marcar o adversário em lances assim. E se você é considerado o melhor zagueiro das Américas, é hora de mostrar o motivo dessa escolha. Ou a Conmebol se equivocou? Acredito que não.

Após o gol, o Grêmio recuou, permitindo que o Flamengo, mesmo nervoso, tivesse mais oportunidades.

No entanto, ao fim do primeiro tempo, o placar se manteve 1 a 0.

No retorno do segundo tempo, Luís Antônio foi substituído por Adryan, numa tentativa de adicionar criatividade e velocidade ao time.

Leonardo Moura, que começou no meio-campo, em determinados momentos do jogo, retornou à lateral. Era evidente que o time não tinha confiança em Wellington Silva, que não estava sendo produtivo. Ele é um lateral que não sabe atuar como tal, mas, para sua justiça, ontem fez o que não conseguiu em toda a sua temporada pelo Flamengo.

Quanto a Leonardo Moura, eu diria: “O banco serve até para um velho de 90 anos. Que dirá para você, que tem 30 e poucos.”

Para a alegria de muitos, ele foi substituído por Bottinelli. Embora não tenha sido brilhante, como de costume, ajudou o time a chegar ao empate.

Adryan, que já havia entrado, se tornou o desafogo da equipe no segundo tempo e marcou um golaço! Em cobrança de falta, ele mandou a bola por cima do terceiro homem da barreira, acertando o ângulo de Marcelo Grohe, que até tentou, mas não teve chance. A comemoração discreta do garoto indica que ele agora tem uma ótima oportunidade de ganhar confiança e ajudar ainda mais o Flamengo.

A torcida, que compareceu em bom número ao Engenhão, vaiou o time na saída para o intervalo, mas acordou de vez no segundo tempo. Após o gol de Adryan, ela se tornou o verdadeiro desafogo que o Flamengo precisava. É certo que o time não cumpriu totalmente seu papel, mas mostrou raça durante o jogo. A torcida gritou: “Vai Flamengo!” e o time respondeu: “Estou indo.” Foi mais ou menos assim.

O empate é, sem dúvida, um tropeço para o Flamengo, considerando o atual momento da equipe. No entanto, a confiança é diferente. Torcida e time jogaram juntos, e o resultado poderia ter sido diferente por um capricho. De resto: Valeu, nação! Valeu, Flamengo! Juntos, vocês são imbatíveis!

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