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A ‘derrota boa’

Semifinal da Guanabarinha, pós-carnaval. Tudo indicava que os principais astros iriam sentir o cansaço das noites de folia que antecederam o jogo. Alguns, de fato, sentiram, outros não.

Joel Santana armou o Flamengo mais uma vez de forma cautelosa, com três volantes e três “atacantes”. Sinceramente, não sei como Ronaldinho é considerado atacante, mas enfim. A bola rolou no Engenhão, e quem começou dominando foi o Flamengo, que foi rapidamente recompensado.

Em uma ótima jogada de Ronaldinho pela direita, o “atacante” serviu Love, que tirou Fagner da jogada e, de esquerda, mandou no canto direito de Prass. Flamengo 1 x 0.

Do lado do Vasco, o ritmo era lento, sem samba, sem pique. Erravam passes, não se encontravam no jogo. Até que Juninho resolveu aparecer. Em um chute forte de fora da área, ele obrigou Felipe a espalmar. Só que o goleiro ignorou o manual dos goleiros: “bola forte se espalma para os lados”. Ele espalmou para frente e ajudou Alecsandro a estufar as redes, empatando a partida. Flamengo 1 x 1 Vasco.

No lance seguinte, Ronaldinho levantou a bola para Deivid dentro da área, mas muito distante do gol. Deivid nem assustou Prass. O jogo começou a esquentar. Em ótimas chegadas de ambos os lados, Flamengo e Vasco só não marcaram porque os goleiros estavam atentos. Juninho, dentro da área, bateu com a parte interna do pé e obrigou Felipe a espalmar novamente para frente, desta vez sem perigo de gol. Do outro lado, Renato lançou Deivid, que, frente a frente com o gol, bateu cruzado e forte. Prass espalmou para fora.

O momento mais bizarro da noite estava por vir. Em bola levantada na área, Diego Souza cabeceou para fora, e a bola passou muito perto do gol. No lance seguinte, aconteceu o inacreditável: Léo Moura recebeu lançamento, ganhou de Rodolfo na corrida e tocou por entre as pernas de Prass, deixando Deivid com a tarefa simples de apenas empurrar a bola para o gol e comemorar. Nem uma coisa, nem outra. Deivid não tocou na bola; a bola tocou nele e foi parar na trave. Mais um gol inacreditavelmente perdido por Deivid. Mas tudo bem, ele ainda tem crédito com a Nação. Como disse o Luã no Facebook: “Não sei o que é pior… perder um gol desses ou bater três pênaltis pra fora numa decisão de Taça Rio.” Garanto que é a segunda, Luã.

Fim de primeiro tempo.

Na volta para o segundo tempo, o panorama mudou um pouco. Os times passaram a agredir menos, talvez por cautela. Os técnicos logo mexeram no time.

No Vasco, Juninho deu lugar a Felipe. No Flamengo, Deivid, bastante “aplaudido” pela torcida do Vasco, deu lugar a Bottinelli.

Com as mudanças, o Vasco perdeu força no meio, e o Flamengo equilibrou o jogo, criando boas chances com Love e Ronaldinho. O primeiro chutou para fora, e o segundo cabeceou também para fora.

Kim recebeu a bola no meio e viu Fagner entrando na área para cabecear. Ele cruzou e Fagner cabeceou com força. Felipe, mais uma vez, espalmou para frente e foi castigado novamente. Dessa vez, Diego Souza aproveitou a sobra e, de cabeça, marcou. Gustavo, que estava na marcação, nada pôde fazer para evitar a virada. Vasco 2 x 1.

Joel ainda colocou Negueba no fim, mas não adiantou. Não tivemos chances nem pressão nos minutos finais. No fim das contas, foi uma “derrota boa” para o Flamengo. E, sinceramente, não me sinto nem um pouco abalado com isso.

Nação, o negócio agora é como sempre foi e sempre será: precisamos pensar grande. Desde o começo do ano, insisto nisso. Temos que deixar o Carioca de lado e focar exclusivamente na Libertadores. Esse é o grande objetivo, o sonho maior. Já falei isso em vários outros posts e, neste, não será diferente. O Campeonato Carioca temos todo ano, podemos ganhar quando quisermos e já temos mais de 30 no bolso. Por que vocês acham que o Vasco fez toda aquela festa ontem quando perceberam que estavam ganhando da gente? Porque são uns coitados, simples assim. Eles sabem que ganhar do Flamengo, seja em mata-mata ou em qualquer outro jogo, é uma tarefa árdua para eles. O melhor que podemos fazer é deixá-los comemorar muito, porque só Deus sabe quando terão outra oportunidade como essa, né?

Quanto a nós, foquemos na Libertadores e esqueçamos a Taça Rio. Ou melhor, usemos a Taça Rio como teste para os jogos seguintes da Libertadores. Dia 8 tem confronto contra o Emelec, e você não quer perder. Eu muito menos. Obrigado e até lá.

SRN

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