Um clássico como nos áureos tempos

Um clássico como nos áureos tempos

Ficha Técnica da Partida:

Escalação do Flamengo: Felipe; Wellington Silva, González, Frauches, Ramon; Amaral, Cáceres, Leonardo Moura, Cléber Santana, Liédson; Vágner Love.
Esquema: 4-5-1.
Técnico: Dorival Júnior.

Escalação do Atlético-MG: Victor; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva, Richarlyson; Leandro Donizete, Pierre, Escudero, Danilinho, Ronaldinho Gaúcho; Jô.
Esquema: 4-5-1.
Técnico: Cuca.

Estádio: Engenhão (RJ).
Público pagante: 34.116.
Público presente: 39.060.
Renda: R$ 532.060.

Placar: Flamengo 2 x 1 Atlético-MG.
Gol(s): Vágner Love 20’ (1º tempo), Liédson 11’ (2º tempo) (Flamengo); Jô 4’ (2º tempo) (Atlético-MG).

Cartões amarelos: Victor Cáceres (Flamengo); Jô, Richarlyson, Carlos César (Atlético-MG).

Cartão vermelho: Réver (Atlético-MG).

Arbitragem: Jailson Macedo Freitas.
Auxiliares: Altemir Hausmann, Kleber Lúcio Gil.

Flamengo e Atlético-MG, por si só, já são um clássico daqueles! Mas ontem, as duas equipes protagonizaram um verdadeiro jogaço. Quem foi ao Engenhão ou mesmo viu de casa sentiu como se estivesse assistindo a um Maracanã lotado.

A entrada do Atlético em campo foi perturbada pela torcida do Flamengo. Apitos ensurdecedores ecoaram pelo Engenhão, com o alvo principal sendo Ronaldinho Gaúcho.

Já na entrada do Flamengo, o clima era magnífico, como em uma final de campeonato. Os jogadores entraram e a torcida “ferveu”. Foi lindo ver aquilo, após tanto tempo, e sem o Maracanã para proporcionar aquele tipo de festa. O Flamengo abaixou o preço dos ingressos, e a massa compareceu. Atendeu ao apelo de todos e não se decepcionou nem um pouco.

Flamengo e Atlético fizeram uma partida emocionante. Como em todo clássico, infelizmente tivemos cenas lamentáveis, como a de Réver socando o rosto de González dentro da área, quando o jogo já estava 2 a 1 para o Flamengo – decidido.

Ronaldinho não apareceu. Fortemente marcado, o meia do time mineiro não se sobressaiu diante da forte marcação, que sempre contava com quase três homens à sua frente. O único lampejo que pode ser citado foi um chute de bico facilmente defendido por Felipe.

O Atlético dependia de Ronaldinho, mas sabia que tinha Jô, que também podia desequilibrar. E foi dele o único gol do Atlético no jogo. Em uma boa jogada pela esquerda, a bola sobrou para ele, que girou facilmente do lado de Frauches, que amoleceu a marcação, e bateu no canto esquerdo de Felipe, com o pé canhoto, empatando o jogo para o Atlético.

O gol do Flamengo foi genial. Talvez, quem sabe, para esquecer a lambança que Vágner Love protagonizou em Goiânia no último domingo. Escanteio cobrado; González cabeceia, a zaga tira; em seguida, Cáceres tenta mais uma vez; a bola quase sai, mas Vágner Love, com uma puxada acrobática de esquerda, emenda e manda no único lugar onde a bola poderia entrar: no canto alto direito de Victor. Ela ainda bate na trave antes de entrar. Assim, o Flamengo abriu o placar.

Podemos destacar também as boas atuações de Wellington Silva pela lateral direita do Flamengo. Ele não vem sendo apenas um desafogo importante, mas tem sido decisivo. E foi dele, em um passe no meio-campo, a jogada que resultou no segundo gol do Flamengo – o gol da vitória.

Wellington Silva recebeu uma ótima bola no meio, avançou, venceu a marcação na corrida e cruzou rasteiro para Liédson, que, em um voleio esquisito, mas válido, deixou o Flamengo na frente e sacramentou a vitória aos 11 do segundo tempo.

Durante o jogo – além dos gols – ainda tivemos lances de “cabeça-quente”. Como o entre Vágner Love e Leonardo Silva, em que o primeiro deu uma cotovelada na nuca do atacante rubro-negro, o que resultou na ira do mesmo.

Já mencionei o lance de Réver com González, em que o zagueiro atleticano deu uma clara cotovelada no rosto de González, sem qualquer motivo – pelo menos, não mostrado na Rede Globo.

Tivemos ainda o carrinho de Richarlyson perto da bandeira de escanteio em Wellington Silva e Ramon se exaltando na entrada da área do Atlético, pela marcação em cima de Liédson, com razão.

E por falar em Ramon, esperamos que ele esteja bem. Em uma jogada de ataque do Atlético, o lateral foi tentar interceptar a jogada e tomou uma bolada feia no rosto, tanto que caiu sem noção de direção. Ele ainda tentou voltar ao jogo, mas não foi possível.

Bem, nação, o jogo foi tão bom que, se eu fosse relatar lance por lance, acabaria cometendo a injustiça de esquecer algo importante. Tentei fazer essa análise do jogo relembrando cada fato da partida: as confusões, os gols, o desmaio do Ramon, a festa da torcida e a vitória do Flamengo, que é o que mais importa.

O hepta? É muito, mas muito difícil. É possível, pela matemática, mas é muito difícil. A Libertadores é o caminho mais provável para o Flamengo, e eu a prefiro. Não que eu esteja dispensando a chance de ser campeão brasileiro pela sétima vez. Mas, para buscar algo da nossa atual realidade, prefiro que corramos atrás da Libertadores.

Vamos passo a passo, vencendo, vencendo e vencendo, e vamos ver no que dá. O que importa é a nossa vitória e só. Vamos pensar em nós, depois olharemos para os lados.

São 34 pontos ganhos e mais um clássico, contra um concorrente ao título brasileiro. Vencer dá confiança, e nós temos que abraçar, aliás, continuar abraçando o time e indo em busca.


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Germano Medeiros