A RELAÇÃO DO MAESTRO JUNIOR COM A MÚSICA E COM O SAMBA

A RELAÇÃO DO MAESTRO JUNIOR COM A MÚSICA E COM O SAMBA

Por influência do seu tio Vavá, que viria a trabalhar como seu empresário futuramente, Júnior tomou gosto pelo samba. Foi acompanhando Vavá no pandeiro e nos sambas que organizava que aprendeu a tocar o instrumento. Conforme foi crescendo, virou frequentador das rodas pelo Rio de Janeiro e se apaixonou pela Estação Primeira de Mangueira.

Em 1970, quando passou um ano no futsal do Flamengo, fez forte amizade com outro jogador. O nome dele era Alceu Maia. Mesmo após ambos deixarem o clube, se mantiveram amigos, e Alceu virou até padrinho do primeiro filho de Júnior, Rodrigo.

Sem chances no futsal, Alceu Maia se tornou um grande músico, compositor e cavaquinista, tendo tocado e produzido diversos artistas de diversos gêneros da nossa música.

Faltando algumas semanas para a Copa, Alceu tomou conhecimento, através de Lino, irmão de Júnior, do samba “Povo Feliz”, que ficou conhecida como “Voa, Canarinho”. A canção foi composta por Nonô do Jacarezinho, o Claudionor Santana, autor do sucesso “Se não fosse o Samba”, de Bezerra da Silva, e Memeco, o Jorge Américo de Souza, que jogou vôlei profissional com Lino e chegou a disputar a Olimpíada de 1968, no México, com a Seleção Brasileira.

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Alceu foi à gravadora RCA-Victor com a ideia de Júnior gravar. Havia até um projeto paralelo, com todos os jogadores da Seleção cantando, que acabou não indo para frente. O atleta ficou reticente por causa da proximidade da viagem para a Espanha, mas recebeu a promessa de que só precisaria chegar e colocar a voz na canção — o que foi feito.

No mesmo dia, ainda gravou o clipe da música que seria exibido no Fantástico. “Povo Feliz” foi lançado num compacto simples, junto com “Pagode da Seleção” no lado B. O compacto vendeu mais de 800 mil cópias, tendo Júnior ganhado, como cantor, os discos de ouro e de platina. “Voa, Canarinho” virou trilha dos gols da Seleção e uma febre na época.

Júnior ainda gravou “Povo Feliz” mais duas vezes. Em 1986, para o LP “Mexicoração“, com temática da Copa do México, em que também atuou como jogador, da Som Livre, e em 2014, numa versão especial para a Copa do Mundo disputada no Brasil.

Ainda em 1982, o Maestro gravou seu primeiro LP, intitulado “Junior“, pela RCA. Em 1990, lançou o segundo disco, batizado de Tem Que Arrebentar, no qual interpreta sucessos como “Saco Cheio“, “Conselho” e “Tempo de Don Don“, com participações de Mestre Marçal, Toquinho, Alceu Maia e Tita.

Em 1995, no ano do centenário do Flamengo, a Sony Music produziu o CD “Uma Vez Flamengo, Sempre Flamengo“. O disco conta com 11 faixas sobre a história do clube e traz a participação de João Bosco, Bebeto e Moraes Moreira. Além das versões do hino e da marcha — que, inclusive, são as que tocam nas reuniões dos conselhos —, Júnior canta os sucessos “Samba Rubro-Negro” e “Flamengo Maravilhoso“. Parceria do Maestro com Alceu, que produziu a obra, “Pagode da Seleção” ganhou nova versão e virou Pagode do Mengão.

A ligação com o samba seguiu nos anos seguintes. Júnior fazia uma roda de samba na calçada em frente ao bar Temperado, na Siqueira Campos, em Copacabana, quando recebeu o convite dos amigos César e Maurício para levar o samba para o Bom Sujeito, na Barra. O craque aceitou com a condição de que fosse em caráter social. Assim, em 2007, nasceu o Samba Dá Sopa.

Ao longo dos 18 anos, mais de 35 mil cestas básicas, compradas com o dinheiro dos ingressos, foram distribuídas para mais de 10 instituições de caridade entre creches e asilos. Diversos ídolos da música já estiveram lá. O samba também passou pelo Espaço de Eventos Quebra-mar e atualmente acontece uma vez por mês no Marina Barra Clube.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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Tulio Rodrigues