Não precisou muito, e ao mesmo tempo precisou. O Flamengo hoje não tinha nenhum tabu a derrubar, como sempre tem quando enfrenta algum time do Sul do país. Na última vez(antes de hoje) que Coritiba e Flamengo se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro, no Couto Pereira, vitória por 1 a 0 com gol de Everton. Hoje também foi 1 a 0 e com gol de alguém que também precisava/precisa de gols para se firmar e não virar uma “estrela-vagalume”.
Eduardo da Silva foi o autor do único gol rubro-negro, este sábado em Curitiba. Luiz Antônio que fez partida razoável pela direita – ainda tentando se firmar na posição após a saída de Léo Moura e o improviso de Pará pela esquerda -, deve continuar na posição, a menos que Ayrton, recém-chegado, mostre serviço e vire titular.
Jonas expulso injustamente, porém também imprudente. Assim como Marcelo Cirino querendo dominar a bola com o pé na testa do adversário. Não à toa Cristóvão tem pedido insistentemente nos treinos pela bola no chão, pelo passe.
Hoje, quem assistiu ao jogo, viu um Flamengo controlando a posse de bola. Tocando de um lado pro outro, invertendo o jogo. Claro que existem falhas, mas insistir na mudança é um enorme avanço. Com o tempo isso tudo vai se encaixar. Cristóvão também pode implantar a compactação dos espaços(e, se ele pede passe e posse de bola, obviamente também a compactação), já que com ela, o passe sai melhor e também com a possibilidade de um jogo mais rápido, coisa que pede o contra-ataque.
Marcelo Cirino que já foi citado, não atuou da forma como pode atuar, fazendo o que pode e sabe fazer. Talvez com a chegada dos reforços, ele recupere sua confiança, perdida no meio do Estadual. Paulinho também não vive seus melhores dias, mas hoje foi útil controlando o jogo e gastando o tempo – embora que eu considere isso um atraso para as pretensões do time no campeonato.
O Coritiba ameaçou pouco, mas o pouco que fez, assustou Paulo Victor. Como também quase deixou o Flamengo sem goleiro por uns tempos. Em suma, foi um jogo movimentado e amarrado no meio, com muita vontade e pouca criatividade. O Coritiba marcava forte, mas só o fazia pelo meio, e frequentemente deixando buracos em suas linhas. Um 4-3-3 que virava 4-5-1 quando o time não tinha a bola. O Flamengo jogava no 4-2-3-1, com Pará improvisado(de atuação até razoável), Jonas e Márcio Araújo como volantes(o primeiro também razoável e acertando bastante passes; o segundo muito bem na marcação) e Canteros pelo meio, como um típico camisa 10, que não o é, mas tem qualidade. Canteros é peça-chave nesse meio-campo, mas ainda necessita de um companheiro com a mesma qualidade pra dividir a responsabilidade de armar o jogo. Ponto que Arthur Maia muito peca, pois ficou na promessa. Seria mais um Mugni? Pode ser, desde que comece a “esquentar” o banco.
Cristóvão Borges pode fazer meus dedos serem triturados daqui algum tempo, mas hoje tem boas ideias. Ideias modernas e que, com a chegada dos tais reforços, podem fazer o time do Flamengo evoluir ainda mais. Que siga dessa forma. Estamos no caminho certo.
Ficha técnica
Coritiba 0 x 1 Flamengo
Campeonato Brasileiro, 7ª rodada
Local: Estádio Couto Pereira, Curitiba, Paraná.
Data: 13/06/2015
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima.
Assistentes: Marcelo Van Gasse e Rogério Pablos Zanardo.
Cartões Amarelos: Fabrício Baiano e Thiago Galhardo(Coritiba); Paulo Victor, Jonas, Márcio Araújo e Marcelo Cirino(Flamengo).
Cartão Vermelho: Jonas.
Coritiba: Bruno; Ivan, Luccas Claro, Leandro Silva e Henrique; Fabrício Baiano, Ruy e Helder; Wellington Paulista, Cáceres e Rafhael Lucas. Técnico: Ney Franco.
Flamengo: Paulo Victor; Luiz Antônio, Wallace, Samir e Pará; Jonas, Márcio Araújo, Gabriel, Everton e Canteros; Eduardo da Silva. Técnico: Cristóvão Borges.
Gol: Eduardo da Silva, 38′ 1T
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