Nada é mais irritante do que ver Alecsandro retornando ao meio-campo insistentemente para buscar jogo, pois a bola não chega ao mesmo. Vide Deivid em 2011. Hoje é o auxiliar de Luxemburgo, mas lembra bem, quando era comandado pelo mesmo técnico naquela ocasião e repetia sempre a mesma coisa que hoje Alecsandro faz: retornar ao meio.
Como também é irritante um time que vai para o jogo com a proposta do contra-ataque. O que talvez fosse o caso do Corinthians hoje, mesmo atuando num 4-4-2. Em certos momentos, parecia, por se fechar demais e apenas aguardar um erro qualquer do Flamengo para tentar avançar. Mas só parecia.
Sendo chato e cortando o assunto, por um que precisa ser dito a cada crônica, Luxemburgo mandou o Flamengo a campo para enfrentar o Corinthians, num 4-4-2 com: Paulo Victor; Léo Moura, Chicão, Wallace e João Paulo; Cáceres, Márcio Araújo(Luiz Antônio), Canteros(Amaral) e Everton; Eduardo da Silva e Alecsandro(Élton). Luxemburgo segue mantendo a mesma base. Com uma escalação para qualquer rubro-negro se familiarizar com o tempo – além do evidente entrosamento.
Retomando o assunto da proposta de jogo Corinthiana, aplicada por Mano Menezes, era evidente a escolha pelo contra-ataque. Embora que o esquema não levasse a isso, o Corinthians tentava por meio de Elias e Renato Augusto, se aproveitar de qualquer falha do Flamengo e criar oportunidades. Porém, o amplo domínio do jogo foi rubro-negro.
Everton infernizou pelo lado esquerdo. Era uma escolha, a única escolha, já que o lado direito era inoperante. Ninguém tentava nada por ali. Léo Moura não tinha alguém para tabelar e fazer correr por ele, já que a idade parece não permiti-lo mais fazer isso. Eram Cáceres, Márcio Araújo e Canteros. Todos destros. Só que apenas Canteros com alguma qualidade técnica para tal função, embora seja volante. Com isso, Everton se desgastou muito, assim como já o faz em todos os jogos, tendo que se multiplicar por não ter escolha.
Apenas no segundo tempo o Flamengo decidiu tentar pelo lado direito, mesmo ciente de sua fragilidade ofensiva. Léo Moura começou a correr e aparecer. Márcio Araújo recebia mais a bola, Cáceres combatia e dava proteção, e Canteros, mais uma vez, sumido – o que já vem ocorrendo a algumas rodadas.
Mano já notava que a insistente tentativa de jogo do Flamengo pelo lado direito, podia enfim oferecer algum perigo. Coçou a cabeça, suspirou e olhou pro campo com preocupação. Parecia adivinhar.
Aos 19, após vários passes trocados e tentativas de cruzamento, Léo Moura levanta mais uma vez. Eduardo da Silva, em posição irregular, se afasta, mas participa do lance dominando a bola. Que sobra para Wallace, também impedido após o toque de Eduardo, chutar de direita e derrubar, pelo menos por um instante, a barreira chamada Cássio.
Everton, assim como no primeiro tempo, continuou infernizando a zaga do Corinthians. Podia ter feito o segundo, quando recebeu no meio, partiu em arrancada, driblou três com facilidade e um drible curto e saiu na cara de Cássio, tentando dribá-lo, que protegeu, fechou o ângulo de Everton e não permitiu o segundo. Everton é veloz e chega como quer na cara do goleiro. Apenas falta um pouco de calma para que sua qualidade se sobressaia contra os adversários.
Após o gol de Wallace e a jogada de Everton, Sandro Meira Ricci marcaria um pênalti para o Flamengo. O mesmo Everton pegou uma sobra de bola e bateu; a bola resvalou na mão de Fagner. Duvidoso! Mais uma vez um pênalti para o Flamengo bater. Dessa vez, Eduardo da Silva seria encarregado de fazer 2 a 0. Não teve a mesma sorte de Alecsandro, que é o batedor normal. Bateu mal e Cássio defendeu.
Seria a sobrevida Corinthiana, e ainda restavam pouco mais de 15 minutos para o fim do jogo. Que se resumiu ao abafa alvi-negro, tentando o empate a todo custo e o sufoco rubro-negro, que mais uma vez, por puro medo, não tratou de fechar o placar em 2 a 0 e manter a tranqüilidade.
Luxemburgo mantém a base, segue com Eduardo da Silva e Canteros, numa tentativa de entrosá-los com o time e volta a vencer, que é importante. Agora terá o Palmeiras, na quarta-feira e a chance de alcançar os 31 pontos. É no Pacaembu. Mas o Pacaembu também é um estádio, com grama, traves e arquibancada. Então, não há o que temer!
Curtas: Mugni deverá ser esquecido pela torcida com o passar do tempo, até porque, quando entra, não tem dado retorno; Canteros irregular, Márcio Araújo que é pior tecnicamente tem sido mais presente; Léo Moura enfim correndo, nem que seja 10 cm; João Paulo não fantástico, mas bem e auxiliando Everton pela esquerda; parabéns à nação que encheu o Maraca mais uma vez e empurrou o time em mais uma vitória.
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