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Flamengo reduz investimento no futebol feminino e provoca reação de torcedoras e movimentos internos

Flamengo reduz investimento no futebol feminino e provoca reação de torcedoras e movimentos internos

Foto: Mariana Sá/Flamengo

O futebol feminino do Flamengo vive um momento de incerteza. A informação de que o clube reduzirá o investimento na modalidade a partir de 2026 provocou forte reação entre torcedoras e movimentos internos, como a Bancada Feminina do Flamengo, que publicou nota nesta sexta-feira (17) manifestando “inquietação” com as decisões recentes da diretoria.


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As mudanças incluem a saída da técnica Rosana Augusto e uma readequação orçamentária que, na prática, redireciona recursos do time profissional para as categorias de base. O clube ainda não se pronunciou oficialmente sobre os motivos dessa escolha, mas a decisão ocorre em um cenário em que o Flamengo dispõe de uma das maiores receitas do país e mantém patrocínios específicos para o futebol feminino, como o da Betano.

A Bancada Feminina reconheceu a importância de fortalecer as divisões de base, mas fez um alerta: “A formação das jovens é um processo longo, que precisa contar, inclusive, com a participação de atletas mais experientes. O Brasil sediará a Copa do Mundo feminina em 2027, e o Flamengo deveria almejar o protagonismo no desenvolvimento da modalidade”. O grupo também destacou que o clube “de maior torcida do país precisa abraçar e valorizar suas atletas, mostrando ao mundo sua essência inclusiva e poliesportiva”.

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Historicamente, o Flamengo já passou por reestruturações parecidas em outras modalidades. Em 2013, sob dificuldades financeiras, o clube desmontou parte dos esportes olímpicos e prometeu concentrar esforços na base. Anos depois, essa aposta formou atletas de renome mundial, como Rebeca Andrade. A diferença, porém, é que a situação econômica atual é sólida, o que levanta dúvidas sobre a real necessidade do corte.

Internamente, há quem veja a decisão como uma mudança de prioridade da gestão. O entendimento é que o futebol feminino, apesar de não movimentar cifras próximas ao masculino, tem valor institucional e simbólico que ultrapassa o aspecto financeiro. O debate volta a expor o dilema entre resultados imediatos e construção de legado.

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Sem explicação pública detalhada, o movimento é interpretado como um recuo num momento em que o futebol feminino brasileiro ganha visibilidade global. A expectativa é que o clube se manifeste oficialmente e esclareça se a medida faz parte de uma estratégia planejada ou de um ajuste de curto prazo que pode comprometer um projeto que ainda busca maturidade.

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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)

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