Legado de pai para filho
3 min readA minha família é composta em sua maioria por flamenguistas! Há vascaínos e tricolores. Se há botafoguenses, desconheço. O meu pai, José Henrique Souza da Costa é vascaíno doente! Sim, meu pai é vascaíno!
Meu pai além de vascaíno é acima de tudo um apaixonado por futebol. Contava-me histórias que me fascinava pelo futebol. As que mais me encantava era o fato dele saber de cor o grande time do Flamengo campeão mundial de 1981 e detalhes de jogos que só um flamenguista poderia saber. Ele não sabia que cada vez mais alimentava em mim uma chama Rubro-Negra, um amor que até hoje não se explica e não se mede.
Meu pai também incentivava-me a ser um leitor voraz! Comprava-me o Jornal dos Sports, O globo e lia comigo as páginas esportivas. São incontáveis as tardes de domingo em que ele levava-me para ver os jogos do Flamengo. Não no Maracanã, mas num telão perto de nossa casa. Foram muitas também às vezes em que ouvíamos os jogos do Flamengo pelo rádio. Fosse num de pilha ou em nosso três em um da época.
Em 1994, comemoramos juntos o Tetra da Seleção Brasileira que tinha um baixinho chamado Romário revelado pelo seu Vasco, mas que era recheado de Rubro-Negros: Aldair, Jorginho, Leonardo, Bebeto, Zinho e Gilmar. Vimos todos os jogos juntos!
Em 2009, no jogo contra o Grêmio na última rodada do Brasileiro em que o Flamengo decidia o título, estávamos juntos mais uma vez. Ele me disse que iria torcer para o Flamengo ser Campeão. Foi abraçado a ele que chorei após o histórico gol de Ronaldo Angelim. Não poderia o destino reservar momento melhor como aquele.
Obrigado pai por me fazer Rubro-Negro, pelas histórias mais lindas que ouvi na infância! Obrigado pai pelas lembranças jamais esquecidas e nem desbotadas de minha memória!
Espero um dia passar esse legado de amor que ultrapassa um campo de futebol, um estádio, um jogo e seus noventa minutos e que se eterniza na alma e vale mais do que qualquer rivalidade centenária para o meu filho!
Imagine nós três sentados falando de futebol?
*” E há quem diga que
– Futebol é bobagem – “
* Rica Perrone
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