Luvas fervendo e três pontos no bolso.
A noite chuvosa no Rio de Janeiro era de tabu a ser quebrado. Mais um este ano, mais um neste Campeonato Brasileiro. O primeiro foi contra o Coritiba no Couto, e hoje, contra o Bahia, no Maraca mesmo. O Flamengo não vencia o Bahia, no Rio de Janeiro, desde 2003, quando o fez por 6 a 0. Era também a estreia do nosso terceiro uniforme. E o Flamengo carregando aquela “maldição” de nunca vencer com o mesmo.
E o pouco público que esteve no Maraca, viu um Flamengo aguerrido e tomando a iniciativa da partida desde o início. Chegando a ter 63% de posse de bola, o Flamengo dominava mas não conseguia transformar isso em gols. Devido também à forte marcação do Bahia, Hernane se via preso e sobrava para Paulinho a necessidade de chegar na área e finalizar, coisa que não é seu forte.
As laterais do Bahia foram sua válvula de escape e por onde o Flamengo sofria para conter os avanços de Wallyson e William Barbio. Numda dessas subidas, Barbio apareceu livre na cara de Felipe, mas acabou chutando em cima do goleiro.
Em dividida com Madson, João Paulo machucou-se muito cedo e obrigou Jayme a mexer pela primeira vez no time. Colocou Luiz Antônio em seu lugar. André Santos que não atua na lateral há um tempo, sentiu.
Na volta ao segundo tempo, Jayme mexeu novamente, mas dessa vez por opção tática. Carlos Eduardo que não vinha bem, deu lugar a Gabriel, como uma forma de dar velocidade à transição defesa-ataque do Flamengo. E André Santos que tinha “cortado relações” com a lateral esquerda, fez as pazes com a mesma. Avançou por ali e cruzou na cabeça de Paulinho, que antecipou Titi e abriu o placar.
Tudo ia bem. Torcida cantava, aplaudia, até pedia Obina. Quando, o desagradável aconteceu. Souza veio a campo na vaga de Barbio, e, num passe, deixou Fernandão livre para soltar a bomba no meio do gol de Felipe e empatar o jogo.
Aí vem a polêmica da noite(que foi evitada em seguida). Após pedir para sair, Jayme sacou Elias e mandou Val a campo. A torcida bradou contra Jayme de Almeida e no minuto seguinte, Léo Moura avança em alta velocidade e cruza rasteiro para Hernane chegar de carrinho e fazer 2 a 1. Tudo mudou rapidamente, tudo voltou ao normal. Mais uma prova de que no Flamengo tudo é super dimensionado.
Um lance curioso também ocorreu: Hernane cortou a marcação na entrada da área e chutou de esquerda. A bola foi numa trave, na outra e quando Gabriel chegava para finalizar de carrinho, Lomba tirou em cima da linha, após a bola ter batido também em suas costas.
Nos últimos minutos, pressão do Bahia e quase gol quando Raul chutou forte da entrada da área e fez Felipe sair de campo com as luvas fervendo, mas com os 3 pontos no bolso.
Enfim o Flamengo chega aos 40 pontos. Depois de perder o clássico com o Botafogo e adiar as contas, terá a chance de emplacar mais uma vez uma segunda vitória consecutiva neste Campeonato Brasileiro. Se eu fosse o Jayme, pouparia ao menos uns 7 jogadores do time titular e mandaria apenas aqueles que não vêm tendo chances nos jogos, os “esquenta banco”. Por mais que o discurso de Jayme seja de fuga do rebaixamento e não pensar muito em Libertadores, pois nossa realidade é outra, ele sabe que, o ano do Flamengo depende demais do jogo da próxima quarta-feira diante do Botafogo no Maraca.
Que ele faça o que achar conveniente e nos traga um bom resultado domingo, de Minas Gerais. Mas considero de uma probabilidade imensa que, no momento, a mente da torcida está completamente direcionada para essa partida de volta da Copa do Brasil. Que a sorte esteja conosco e que São Judas Tadeu nos abençoe!
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