Outro dia, li um excelente texto da Dani Souto no Primeiro Penta, intitulado “A idolatra-ação do dirigente no Flamengo“. Concordei com o ponto de vista apresentado e, ainda mais, com a mensagem que ela procurou transmitir. Enquanto lia os comentários sobre o texto, não apenas a questão da “idolatra-ação” veio à tona na minha mente, mas também outra reflexão que considero importante trazer para debate: o direito de discordar das ações da atual diretoria. Ressalto que o texto da Dani não foi contrário à diretoria, mas foi assim interpretado em alguns comentários.
O direito de discordar é legítimo, assim como o de se posicionar como oposição. Contudo, é essencial que isso seja feito de forma fundamentada, concisa e inteligente. Discordar não exige ataques pessoais ou adoção de uma postura oposicionista vazia. Agir dessa forma é raso, desnecessário e improdutivo, especialmente no contexto político, seja ele qual for.
O que me preocupa é que, sempre que alguém expressa um comentário crítico em relação a uma decisão da atual diretoria, chovem nas redes sociais, blogs e sites comentários agressivos, sugerindo que a pessoa é “menos Flamengo” ou que está “do contra”.
Um exemplo pessoal: fui absolutamente contrário ao aumento do preço dos ingressos na semifinal da Taça Guanabara contra o Botafogo. Inclusive, escrevi sobre isso em um post intitulado “Esse pacote não vale R$ 80,00“, onde apresentei meus argumentos de forma clara, sem ataques ou desrespeito, especialmente à diretoria.
Durante a última campanha eleitoral para presidente do Flamengo, optei por não apoiar nenhuma chapa. Fiz isso por algumas razões: primeiro, porque estava realizando um trabalho de cobertura jornalística das eleições, entrevistando candidatos e personalidades da política do clube. Além disso, mesmo sendo sócio, não tinha direito a voto naquele pleito. Não fazia sentido externar apoio ou simpatia por uma chapa.
Hoje, porém, é diferente. A atual diretoria tem meu total e irrestrito apoio, pois acredito que possuem a capacidade de reerguer o clube, conforme prometeram durante a campanha. É claro que erros acontecerão, afinal, ninguém é infalível.
Acredito que toda discussão é válida, desde que seja construtiva. Troca de ofensas não beneficia ninguém e apenas reforça a polarização. O direito de emitir opiniões está inserido na liberdade individual de cada um, e cabe a nós respeitá-las, mesmo que discordemos. Infelizmente, muitas discussões que vejo atualmente são desnecessárias, recheadas de agressões gratuitas e sem qualquer valor prático ou futuro.
Por isso, conclamo todos a apoiar a diretoria, mas também a discordar, quando necessário, de maneira respeitosa e argumentativa. Afinal, salve o Flamengo e a democracia!
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