Ouro e esmeraldas para ver a ressaca

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Eu pessoalmente, repito: PESSOALMENTE, acho meio desrespeitoso o Fla vir com muitos reservas para o Nordeste. Convenhamos que muitos esperam ansiosos pela oportunidade, para presenciar um Mengo desentrosado e sem definição. Tudo bem, ninguém ligou muito para a derrota, uma vez que nosso ano está garantido, e agora é só assistir de camarote o desfecho do campeonato. Mas sair de cidades remotas e outros estados próximos a Bahia para ver um time sem vibração, errando muito no ataque e mais ainda na defesa é complicado. O Fla diz reconhecer a sua Nação no Nordeste, mas não a considerou no momento em que tratou o jogo como um rachão, não lembrando de quantos corações frenéticos estariam ali. Quantos não desejariam ver o time campeão jogar? Por mais que isso não significasse a vitória, seria um claro exemplo de respeito. Garantir uma festa total para aqueles que o amam de longe…. a folga poderia vir na última rodada, já que os irmãos de Manto cariocas tem um acesso infinitamente maior as partidas.

Gostaria de salientar a péssima postura dos jogadores, que não cumprimentaram a torcida no fim do jogo. Pode ser/parecer bobagem, mas enquanto o Fla permitia ao Vitória uma saraivada de gols, a torcida não parava de apoiar, e mesmo nos minutos finais, entoou belamente o Hino do Fla, com emoção e alegria. No mínimo deveriam fingir que estavam agradecidos.

Um pingente por uma história

Estava eu em desespero de cogitar ficar fora do jogo entre Vitória e Flamengo. Off Rio não pode se dar ao luxo de perder boas oportunidades. Decidi dormir na fila, só para garantir, mesmo sabendo que o time viria quase inteiramente reserva, para cumprir tabela. Mengão e Nordeste é sinônimo de arquibancadas lotadas, e eu não estava nem um pouco a fim de assistir na torcida do Vitória, até pelo meu péssimo comportamento durante as partidas. Vi a noite em que teria de ir até as bilheterias do Barradão chegar, e uma tempestade alagar a cidade. Trovoadas que pareciam gritar aos meus ouvidos que eu nunca chegaria a tempo. E assim foi. O governo pediu a população que não saísse de suas casas. E eu, com toda a minha teimosia, não consegui sair da minha, por não ter um barco. Para completar o azar, percebi que perdi o meu dinheiro.

Apelei para uma menina que conheci no Aeroporto de Salvador, na recepção do Flamengo, tão tradicional para nós Mulambos de Salvador. Ela estaria na fila da bilheteria com o namorado, poderia comprar um a mais. Em troca, ofereci a ela um pingente meu, de bom tamanho, ouro e esmeralda. Lindo, um xodó meu, que nunca tirei do armário. Era o que tinha para oferecer na hora, então ele foi embora, em troca do precioso bilhete e a história. A história de mais um jogo na vida dessa mulamba da boa terra, ainda que uma derrota. Digo que valeu. Valeu por estar ali, por cantar meu hino, por comemorar os gols e meu Tri mais uma vez. Pela sensação de estar viva, de se encontrar em meio a tantos. De estar perto do amor da minha vida.

Enquanto a madrugada deitava no céu da cidade, eu não conseguia dormir, com um sorriso bobo no rosto de apaixonada que realmente sou. Que se danasse o resultado, os jogadores, e tudo mais. Meu Flamengo, esse nunca passa. Sua essência é imutável. Presenciá-lo, é uma honra, seja o momento que for e como for.

Mudando de assunto, assistam a homenagem que a adidas fez ao Flamengo pelo Tricampeonato da Copa do Brasil

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Tulio Rodrigues