A palavra que melhor define este jogo é simples: guerra. O Flamengo tinha uma situação relativamente tranquila na Libertadores até a terceira, ou até mesmo a quarta rodada da fase de grupos.
Empatar nunca é de todo ruim, afinal, soma-se um ponto. Empatar em casa, no entanto, deixa aquele gosto amargo: “Não foi ruim, mas também não foi bom. Sabíamos que podíamos fazer mais, mas não foi possível.” A campanha do Flamengo na Libertadores de 2012, até agora, foi turbulenta e, em alguns momentos, irracional. O time começou empatando com o próprio Lanús, na primeira rodada, em 1 a 1, na Argentina. Não seria considerado um tropeço se o time não tivesse o jogo nas mãos, como teve. E assim, surge o “tropeço 1”.
Na segunda rodada, enfrentamos o Emelec no Engenhão. A torcida compareceu, não lotou o estádio, mas estava presente. O time jogou surpreendentemente bem, apesar da retranca equatoriana. Vencemos por 1 a 0, com gol de Love.
Na terceira rodada, enfrentamos o Olimpia em casa. Era a noite perfeita, o jogo perfeito, o momento para o Flamengo vencer e assumir a liderança, encaminhando a classificação para as oitavas. O time abriu 3 a 0, mas, em 15 minutos de apagão, sofreu o empate. O que era tranquilidade virou alerta.
Ainda assim, não havia motivo para pânico. Restavam três jogos, nove pontos em disputa, e a certeza de que a classificação ainda era possível.
Na quarta rodada, jogamos fora de casa contra o Olimpia. Precisávamos de pelo menos um empate para não complicar a situação. O time começou bem, mas cedeu terreno ao adversário e acabou derrotado. Agora, o Flamengo precisava de duas vitórias para não depender de outros resultados e garantir a classificação.
Chegamos à quinta rodada, um jogo crucial. Jogamos no Equador, precisando, no mínimo, de um empate. O time começou bem, abrindo 2 a 1, mas passou o segundo tempo inteiro sob pressão. Foram 30 bolas cruzadas na área, e sofremos mais uma virada, mais uma derrota.
Amigos, como vocês podem perceber, hoje não é a Anita quem está fazendo o pré-jogo. Sou eu, Germano. Tentei fazer uma análise sucinta da participação do Flamengo até aqui na Libertadores. Sei que não chego perto da qualidade dos textos dela, mas vim contribuir, já que ela não pôde escrever hoje.
Como mencionei no início, o jogo de hoje deve ser encarado como uma guerra. E de fato será. A situação não é fácil. No campo, porém, não é impossível alcançar a combinação que nos classifica: uma vitória simples por 1 a 0, ou qualquer outro placar, e um empate entre Olimpia e Emelec, seja 0 a 0, 1 a 1, ou qualquer outro resultado.
Racionalmente, a situação não é desesperadora. Mas tente dizer isso ao seu coração no momento do jogo, ou agora mesmo, se você é um apaixonado pelo Flamengo. Eu, por exemplo, não consegui dormir direito pensando nesse jogo. E desde que acordei, estou tenso, nervoso, pensando no que pode acontecer.
Eu não quero ser eliminado da Libertadores novamente. Não quero esperar mais nove meses para voltar a disputá-la. Quero vencer agora. Porque ninguém aguenta mais comemorar os 30, 31, 32 anos da nossa última e única conquista da Libertadores, ainda com Zico.
Que São Judas Tadeu nos ajude. Que possamos vencer o Lanús e que Olimpia e Emelec empatem no Paraguai.
Abaixo, a ficha técnica do jogo:
Local: Engenhão (Rio de Janeiro)
Horário: 19h30 (Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldan (Colômbia)
Assistentes: Abraham Gonzalez e Wilson Berrio (Colômbia)
Provável escalação do Flamengo: Felipe; Léo Moura, Welinton, González, Júnior César; Willians, Muralha, Bottinelli; Deivid, Vágner Love e Ronaldinho.
Técnico: Joel Santana
Provável escalação do Lanús: Marchesin; Araujo, Goltz, Braghieri, Balbi; Fritzler, Pizarro, Valeri, Camoranesi (Pereyra); Regueiro, Pavone.
Técnico: Gabriel Schurrer
Transmissão: Fox Sports.
Preparem-se, amigos, porque o jogo de hoje vai ser decisivo!
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