Uma vitória que pode iludir muita gente

Uma vitória que pode iludir muita gente

Ficha Técnica da Partida:

Flamengo: Paulo Victor; Wellington Silva, Marllon, González, Magal; Aírton, Renato Abreu, Luiz Antônio, Ibson; Diego Maurício, Vagner Love.
Técnico: Joel Santana.
Esquema: 4-4-2.

Santos: Aranha; Maranhão, Gustavo Henrique, Bruno Rodrigo, Emerson Palmieri; Everton Páscoa, Anderson Carvalho, Crystian, Gerson Magrão, Felipe Anderson; Rentería.
Técnico: Muricy Ramalho.
Esquema: 4-5-1.

Gol(s): Bottinelli (40’ do 2º tempo/ Flamengo).

Cartões Amarelos: Bottinelli (Flamengo); Geuvânio, Everton Páscoa, Anderson Carvalho e Gerson Magrão (Santos).

Substituições: Magal por Bottinelli, Ibson por Mattheus, Diego Maurício por Hernane (Flamengo); Emerson por Geuvânio, Crystian por Dimba (Santos).

Placar: Flamengo 1 x 0 Santos.

Arbitragem: Francisco Carlos Nascimento.
Auxiliares: Altemir Hausmann, Guilherme Dias Camilo.

O Engenhão estava relativamente cheio para mais um clássico: Flamengo x Santos. O Santos veio com o time totalmente reserva, pois os titulares estavam concentrados na disputa das semifinais da Copa Libertadores. O Flamengo, por sua vez, entrou em campo com o time principal, carregando a responsabilidade de vencer. A única ausência foi Léo Moura, que se machucou novamente durante os treinamentos.

O Flamengo sabia que poderia conquistar uma vitória relativamente tranquila, já que enfrentava um Santos reserva. No entanto, a excessiva quantidade de volantes dificultou a situação. Joel Santana recuou Renato Abreu e lançou Luiz Antônio na linha de frente do meio-campo, ao lado de Ibson, com Aírton recuado.

Embora o Santos estivesse com um time reserva, não demonstrou medo de atacar e pressionar o Flamengo. Porém, a falta de entrosamento era evidente. Sem Neymar, o time teve que trocar passes e buscar jogadas coletivas, algo que o time titular praticamente não faz.

O primeiro tempo foi escasso em oportunidades. O Santos teve pouquíssimas chances de atacar e ameaçar a defesa rubro-negra. Do lado do Flamengo, a estratégia era simples: “Joga no Love que ele resolve.” Renato, Magal e Luiz Antônio foram raramente os que se comprometeram a subir ao ataque. O Flamengo estava muito dependente de um meia, mas, na verdade, não tinha um.

As únicas chances claras de gol do Flamengo no primeiro tempo foram em cobranças de falta. Renato bateu forte no meio do gol, mas Aranha defendeu. Em outro momento, uma falha da zaga do Santos quase resultou em gol, mas Aranha conseguiu afastar.

**Fim do Primeiro Tempo.**

O segundo tempo começou sem alterações, mas com mudanças significativas de ânimo para ambas as equipes. O Flamengo começou a pressionar, embora ainda cometesse muitos erros de passe, dificultando as finalizações.

O Santos, embora não tivesse muito talento, começou a se soltar e arriscar mais. Do lado do Flamengo, Joel estava preocupado, pois um tropeço colocaria seu cargo em risco. Ele trocou Magal por Bottinelli, deslocando Renato para a lateral-esquerda, e depois colocou Hernane no lugar de Diego Maurício, que não teve boa atuação.

As substituições não trouxeram efeito imediato, e o Flamengo continuou pressionando, enquanto o Santos se defendia e apostava em contra-ataques. O Flamengo, em um momento frágil, começou a passar por sustos com falhas grotescas da zaga, um problema persistente. Diego Maurício não conseguiu se destacar ao lado de Love, e Mattheus, filho de Bebeto, fez uma partida discreta, praticamente sem tocar na bola.

Mas foi o Flamengo, mesmo jogando mal e de forma lenta, quem conseguiu abrir o marcador. Em uma jogada insistente de Bottinelli, ele encontrou Ibson na área. Ibson girou em cima da marcação e foi derrubado: pênalti aos 40 minutos da segunda etapa, quase no fim do jogo!

A torcida foi à loucura e Bottinelli, em cobrança, mandou no canto direito de Aranha. Ele abriu o placar e foi comemorar com os torcedores e os companheiros. Pelo semblante do argentino, era evidente que ele sabia que a situação no Flamengo não estava boa em todos os setores. Essa vitória traz alívio para o campeonato, com três pontos conquistados em casa, mas pode acabar iludindo muita gente.

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Germano Medeiros