Vitória chamada Flamengo

Vitória chamada Flamengo

Era noite de Libertadores, noite para o Flamengo entrar em campo, ganhar bem e assumir a liderança do grupo 2. Também era uma noite de homenagem a Renato Abreu, que, após exames, foi diagnosticado com uma arritmia cardíaca e ficou de fora do jogo contra o Emelec. O time entrou com camisas estampando: “Renato, estamos com você!” E a bola rolou…

Com muitos desfalques no meio-campo, o Flamengo demorou a “entrar no jogo”. O Emelec soube dominar boa parte do tempo no início do primeiro tempo. Logo aos 3 minutos, um grande susto: Figueroa recebeu a bola na entrada da grande área e chutou rasteiro. Paulo Victor, no reflexo, defendeu com o pé esquerdo, e Marlon de Jesús, no rebote, mandou para fora.

O Emelec não se comportava como um visitante tímido, apostando em jogadas de chutão. Mantinha a bola no chão e tentava avançar com toques. O Flamengo encontrava alguns espaços pelo lado direito, com Léo Moura, Bottinelli e Ronaldinho tentando se destacar diante da defesa equatoriana. Love, sentindo falta de alguém para dividir as jogadas, ficou apagado, enquanto Ronaldinho, como de costume, pouco fez além de bater algumas faltas próximas ao gol.

Aos 30 minutos, para piorar a situação do Flamengo e de Joel, Léo Moura sentiu a coxa e deu lugar a Negueba, que, ao entrar, precisaria ajudar na marcação, já que não tinha o mesmo respaldo técnico de Léo Moura.

Nos acréscimos, Marlon de Jesús acertou uma cotovelada em Welinton e foi expulso. Com um jogador a mais, o Flamengo tinha menos preocupações.

Fim do primeiro tempo.

O Flamengo voltou para o segundo tempo sabendo que precisava resolver a partida rapidamente, ou as coisas poderiam complicar. Aos 3 minutos, Ronaldinho recebeu na entrada da área e fez um bom passe para Love, que finalizou de canhota no canto esquerdo do goleiro equatoriano. 1 a 0 para o Flamengo.

Logo depois, o Flamengo quase ampliou. Com espaço, Deivid arriscou de fora da área, o goleiro espalmou, e a bola sobrou para Negueba, que, sem calma, chutou por cima, desperdiçando o que seria o segundo gol.

Aos 15 minutos, o Emelec percebeu que sua única chance era adiantar a marcação. Isso poderia expô-los a uma goleada, mas, sem ter mais o que perder, partiram para o “seja o que Deus quiser”.

Aos 22 minutos, a paciência da torcida com Ronaldinho chegou ao fim. O meia recebeu uma bola alta dentro da área e, com a habilidade que tem, poderia ter dominado no peito e finalizado, ou tocado para os companheiros. Mas ele preferiu fazer uma jogadinha de futevôlei, que falhou, e a torcida caiu em cima dele, com razão.

O final do jogo foi melancólico. Os dois times erravam muito. O Emelec não ameaçava a defesa rubro-negra e, na única oportunidade que teve, a bola nem passou perto do gol.

Negueba ainda teve tempo de perder mais um “gol feito”, quando driblou o goleiro e ficou cara a cara com a meta, mas, como de costume, hesitou em finalizar, permitindo que o zagueiro adversário afastasse o perigo.

Fim de jogo no Engenhão. Vitória magra por 1 a 0, mas que garantiu ao Flamengo a liderança do grupo 2. Sobre as vaias? Prefiro não comentar.

Agora, um desabafo:

Ronaldinho, a Nação quer saber até quando você vai continuar nesse lenga-lenga de entrar em campo, colocar uma cadeirinha de praia no canto esquerdo e não sair mais de lá. É só o que você faz. Ninguém espera que você pegue a bola, faça uma arrancada ao estilo Usain Bolt, drible meio time e só pare dentro do gol. QUEREMOS RAÇA, RONALDINHO. Só isso. Será que é pedir muito? Acho que não, né?

SRN

Twitter: @43germano
Siga-nos no Twitter: @blogserflamengo

Comentários

Descubra mais sobre Ser Flamengo

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Germano Medeiros