De volta à vida: Flamengo renova esperanças com vitória no clássico

Se compararmos o Flamengo a um paciente em um hospital, diríamos que, até antes do clássico, o time estava em coma. A equipe vinha de um resultado péssimo e desastroso contra o Emelec, pela Libertadores. Como bem disse o Felipe durante a semana: “Estamos à beira do inferno!” E, de fato, estávamos, Felipe!
Os jogadores rubro-negros demoraram um bom tempo para subir ao campo. Acredito e espero que lá dentro estivessem em uma boa e última “reunião” para, finalmente, fechar o grupo. Segundo repórteres do canal por assinatura PFC, houve uma reunião no Flamengo em que a presidente convocou todos os integrantes da equipe. Ronaldinho, capitão e tido como o “xerife” do grupo, manteve-se calado. Já Deivid, o mais contestado e o que mais atuou em campo, foi o que mais falou. Não sei sobre Love, Léo Moura e Felipe, mas eles é que deveriam ter puxado a conversa e assumido a responsabilidade. Ronaldinho, repito mil vezes se for preciso, não tem o pulso nem o mínimo comando para ser capitão de um clube como o Flamengo. Mas, enfim, vamos ao jogo, que é o que realmente importa.
O Flamengo começou bem, arriscando, se impondo e indo para cima. Pena que não conseguia penetrar na área do Vasco como queria. O Vasco reagiu após um domínio inicial do Flamengo. Deivid, de cabeça, assustou Prass após cruzamento de Júnior César. E, logo depois, o mesmo Deivid colocou no fundo da rede. Após passe enigmático de Ronaldinho, Love girou sobre Rodolfo, chutou mesmo caído, Prass defendeu, mas deu rebote. Deivid, atento, marcou. 1 a 0 Flamengo.
Esse gol trouxe certo alívio em meio à semana conturbada que estava por vir. O primeiro tempo terminou sem muitos destaques, e o “Clássico dos Milhões” seria decidido nos 45 minutos finais, com a pequena vantagem rubro-negra no placar.
As equipes voltaram para o segundo tempo sem alterações. E, talvez por isso, o jogo se tornou mais aberto e emocionante.
Vasco e Flamengo tiveram boas chances, e Ronaldinho voltou para o campo “aceso”, algo que há muito não se via. Ele deu passes, arrancadas, mandou uma bola na trave em cobrança de falta e até aplicou um elástico. Esse é o Ronaldinho que a nação quer ver: um jogador participativo, que com seu toque de genialidade decide partidas. E ele fez isso.
Léo Moura, em duas descidas com passes de Ronaldinho, quase marcou, mas faltou sorte. Em determinados lances, faltou competência ao Flamengo, é verdade. Mas era um time esforçado, querendo o resultado e espantar a “crise”. Era um Flamengo que, ainda nos últimos suspiros do primeiro semestre, lutava para sobreviver e voltar a sorrir.
Em um momento decisivo, Léo Moura recebeu uma bola excelente de Ronaldinho, teve espaço para avançar, mas tirou demais de Prass e facilitou a defesa vascaína. Mas antes desse lance, em uma falha gritante da zaga, Diego Souza aproveitou e, com a ineficiência de Welinton e González, marcou o gol de empate. Festa da torcida do Vasco, que sempre celebra esses momentos como se fossem finais.
Ainda houve tempo para o Vasco cavar uma falta perigosa na entrada da área, mas o árbitro, bem posicionado, mandou seguir e advertiu Thiago Feltri com um cartão amarelo.
Aos 45 minutos, o castigo veio: Léo Moura invadiu a área e foi derrubado por Prass. Pênalti bem marcado! Ronaldinho, contestado, converteu e garantiu a vitória que trouxe tranquilidade ao Flamengo antes e depois da guerra.
No fim, o Vasco ainda tentou criar confusão, quase partindo para cima dos árbitros e da polícia. Roberto Dinamite, fiel ao seu nome, quase explodiu à beira do campo, reclamando de um suposto “roubo”. Mas aqui é Flamengo, e nada disso importa!
Agora, vamos focar em derrubar o Lanús, torcer por um empate entre Olimpia e Emelec e nos classificar para as oitavas de final da temida, complicada e desafiadora Libertadores da América.
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