1960 a 1969: Mais Conquistas e o Primeiro Título Nacional
A década de 60 não começou bem para o Flamengo. Além da quarta colocação no Campeonato Carioca, a renúncia do presidente George Fernandes, devido às dívidas do clube, tumultuou ainda mais o ambiente rubro-negro.
Fadel Fadel assumiu a presidência e trouxe sorte. Em seu primeiro ano, em 1961, o Flamengo conquistou o Torneio Rio-São Paulo, trazendo para a Gávea a primeira taça de nível nacional. Foi o surgimento da geração de Carlinhos, Nelsinho, Gérson, Jaime, Silva e Almir.
Em 1963, o Flamengo impediu o tricampeonato carioca do Botafogo. O time começou mal o campeonato, com duas derrotas para América e Bangu, mas se recuperou e não perdeu mais nenhuma partida até o final da campanha.
Esse mesmo ano marcou o fim de um longo jejum no remo, com uma vitória após 20 anos, tornando o Flamengo campeão de terra e mar novamente. O presidente Fadel Fadel deu início à construção do parque aquático da Gávea, reestruturou o departamento de natação do clube e organizou o esporte, o que gerou frutos ao final da década, com o bicampeonato estadual e o primeiro Troféu Brasil.
Após o terceiro lugar em 1964, o Flamengo viveu um ano memorável em 1965. No futebol, conquistou o Campeonato Carioca e o Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, iniciou a campanha do pentacampeonato no remo, sendo mais uma vez campeão de terra e mar, e venceu o bicampeonato do Troféu Brasil de atletismo, além do título estadual masculino na modalidade.
Com a chegada da administração de Luis Roberto Veiga de Brito, 1966 trouxe um episódio marcante, mas nada feliz para o clube. O Flamengo perdeu a decisão do Campeonato Carioca para o Bangu, e Almir Pernambuquinho, o aguerrido centroavante rubro-negro, protagonizou a maior briga da história do Maracanã, interrompendo o fim da partida.
Era uma época difícil para o futebol do Flamengo. Vivendo uma entressafra de craques e tendo como principal adversário o super-time do Botafogo, com Garrincha, Didi e Gérson, o Flamengo amargou um jejum na segunda metade da década. Em 1969, teve a oportunidade de conquistar o título, mas acabou perdendo para o Fluminense.
Se o futebol enfrentava dificuldades, o remo seguia firme na campanha do pentacampeonato, e a natação conquistava o bicampeonato carioca, após um longo jejum de 28 anos, além do inédito Troféu Brasil. Coisas de um clube forte em várias modalidades.
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