Durante a Copa do Nordeste, o time do Campinense caracterizou-se por alguns pontos: marcação pressão na saída de bola e, com a bola, a preocupação em manter a posse da mesma.
Como disse Oliveira Canindé ainda nos jogos finais do campeonato regional: “O Campinense é parecido com o jeito como o Barcelona joga.” Ser parecido com os espanhóis não é nada ruim. Poucos times, não só no Brasil como no mundo, tem essa “coragem” de fazer um jogo como é feito no Barcelona. Essa coragem dá frutos. E mais times deveriam tê-la.
O jogo de ontem foi em Juiz de Fora-MG – cidade localizada na divisa com o Rio de Janeiro – mas parecia que o jogo era no Maracanã, tamanha a quantidade de torcedores presentes.
Não viram um espetáculo do atual Flamengo, mas foram ver o que bastava: a classificação.
E começou de um jeito que parecia que viria uma goleada. Leonardo Moura avança pela direita e cruza fraco. A bola bate e rebate na zaga do Campinense e entra. Gol contra!
Em seguida, jogada rápida do time paraibano, e Bismarck finaliza pra empatar o jogo. Reação rápida! O melhor jogador do rubro-negro paraibano aparecia quando o time mais precisava dele. Talvez não venha a se destacar nacionalmente daqui pra frente, mas não se escondeu como muitos.
O jogo no primeiro tempo seguiu amarrado no meio-campo. Ambos os times com dificuldades para criar jogadas. O Campinense necessitava àquela altura, de 1 gol para levar aos pênaltis e 2 gols para se classificar; o Flamengo poderia até perder por 1 gol de diferença.
Os times voltaram pro segundo tempo, bem mais acesos e o jogo fluiu. Há de se destacar o desamor incrível ontem notado entre Hernane e a bola. Os dois parecem viver uma relação casual. Hernane só pode e consegue tocá-la quando tem que ser feito de primeira. Ele tem uma imensa dificuldade em dominar a bola e prosseguir uma jogada. Ponto que tem que ser trabalhado por Jorginho exaustivamente – isso enquanto o Flamengo não puder contratar alguém melhor.
O segundo tempo rolava, o Campinense tentava cumprir sua missão, que era bem mais difícil. Tocava a bola, às vezes sem rapidez, e tentava envolver o time do Rio de Janeiro. O Flamengo era mais contido, certamente terminou o jogo com menos posse de bola que o Campinense, mas conseguiu ser eficiente quando teve a chance.
Elias, que vem demonstrando maturidade(no sentido do futebol) nos jogos, brilhou mais uma vez. Quando o Flamengo encurralava o Campinense em seu campo, foi mortal.
Elias recebeu na entrada da área, tocou pra dentro, e enquanto via a bola subir, já penetrou na área do Campinense, como elemento-surpresa. Recebeu por cima na medida e chutou rápido no gol de Pantera. Que de novo, nem viu a bola.
Com o tempo passando e chegando o fim do jogo, o Campinense até tentou buscar um gol de qualquer jeito. Mas quando viu que começava a errar muito, se conformou com a eliminação.
O Flamengo passou pelo Campinense e agora enfrenta o Asa de Arapiraca na próxima fase da Copa do Brasil. De certo modo, sofreu para derrubar os paraibanos, teve de fazer o jogo da volta ‘longe de casa’, e tomou dois gols nos dois jogos que disputou contra o Campinense.
Se classificar, e avançar numa competição nunca é ruim. Mas, horrível é ver o que o Flamengo jogou nesses dois jogos e achar que o futebol está de bom tamanho diante de um adversário minúsculo como o Campinense.
Antes do Asa, o Flamengo enfrenta o Santos pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo (26). Até lá, Jorginho terá tempo para resolver as carências de um time que sofreu para derrubar um adversário de 3ª divisão.
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