É hora de apoiar (Transformando o grito em gol)

Tulio Rodrigues

Começamos o ano sob enorme pressão, com a diretoria clamando por reforços e pela volta das boas campanhas, já que no ano anterior havíamos perdido o Carioca, a Libertadores e quase fomos rebaixados no Brasileiro.

Em uma jogada de mestre, a diretoria contratou Ronaldinho Gaúcho, após uma disputa acirrada com Palmeiras e Grêmio que se arrastou por dias, e logo depois veio Thiago Neves.

Começa o Campeonato Carioca, e o time joga como se estivesse em treinamento, vencendo suas partidas com facilidade e alcançando um início de ano sem derrotas, o melhor de sua história.

O Flamengo só perdeu no dia 5 de maio, pela Copa do Brasil, para o Ceará no Engenhão. O time manteve o ritmo, foi campeão Carioca invicto e iniciou bem o Campeonato Brasileiro. Após algumas rodadas, o time voltou a oscilar, acumulando empates e gerando dúvidas sobre a qualidade do elenco. Ronaldinho Gaúcho ainda não havia mostrado seu verdadeiro potencial, e até suas baladas foram monitoradas pelo Disque-Dentuço, levando a diretoria a se manifestar e conversar com Assis, irmão de R10.

Depois de toda a confusão, Ronaldinho assumiu o papel para o qual foi contratado: o de craque e líder. O Flamengo voltou a vencer, sempre contando com boas atuações do Gaúcho, seja com gols ou assistências. O Flamengo triunfou sobre Atlético-MG, América-MG, São Paulo, Fluminense, e protagonizou um belíssimo e histórico jogo contra o Santos dentro da Vila Belmiro, vencendo por 5 a 4. Em seguida, venceram Grêmio, Cruzeiro e Coritiba. O Flamengo se mostrava um time equilibrado que, quando sua defesa falhava, contava com um ataque avassalador.

Entretanto, paralelamente ao Brasileiro, começava a desafiadora Copa Sul-Americana, aumentando o desgaste com viagens e jogos pelo Brasil e outros países.

Chego à conclusão de que o time está um pouco desgastado, embora isso comprove o excelente trabalho da preparação física do elenco. Se não me engano, o primeiro a desfalcar o time por lesão muscular foi Thiago Neves. Com tantos jogos, os problemas físicos são inevitáveis, assim como os desfalques. Não tem jeito!

É normal que o time sinta isso dentro de campo. Diga-me, qual foi o último jogo em que Luxemburgo não teve problemas para escalar a equipe? Isso justifica o baixo rendimento da equipe nos últimos jogos? Não! Esses problemas prejudicam qualquer time em um campeonato como o Brasileirão. Outras equipes que estão na ponta da tabela também já passaram por isso.

O jogo contra o Avaí deixa claro que precisamos de mais qualidade em campo; a camisa não vencerá os jogos sozinha. Alguns jogadores estão muito abaixo do esperado e não estão correspondendo. No domingo, temos o Bahia em casa e precisamos vencer se quisermos nos manter na briga pela parte de cima da tabela — e sem Ronaldinho.

É hora de colocar o Manto Sagrado, pegar a bandeira na mão e ter coragem para enfrentar os problemas de sempre para ir ao Vazião (a Kitnet de Engenho de Dentro). A equipe precisa de nós, da torcida, o 12º jogador que empurra com gritos e cantos. Bem ou mal, não podemos deixá-los na mão neste momento. Só nós podemos ajudá-los a vencer o impossível, transformar o grito em gol e ultrapassar barreiras. Eles definitivamente não podem fazer isso sozinhos.

É HORA DE APOIAR!

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