A Nação comparece, lota o estádio, e o Flamengo, mais uma vez, tropeça, dando adeus definitivo ao sonho de ser campeão brasileiro em 2011.
O Flamengo entrou em campo num 4-4-2 com: Paulo Victor; Léo Moura, Alex Silva, David Braz, Júnior César; Aírton, Renato, Willians, Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid.
O Figueirense veio num 4-4-2 com: Wilson; Bruno Vieira, Roger Carvalho, Edson Silva, Juninho; Ygor, Túlio, Coutinho, Elias; Wellington Nem e Júlio César.
Estatísticas da Partida:
Cartões Amarelos: Paulo Victor, David Braz (Flamengo); Ygor (Figueirense)
Arbitragem: Evandro Roman.
Análise do Germano:
Mais uma vez, a torcida comprou ingressos e encheu o Engenhão numa noite de quinta-feira, na esperança de ver o Flamengo vencer, convencer, e partir rumo ao título.
O Flamengo parecia determinado. Logo aos 2 minutos, após uma bela troca de passes na defesa do Figueirense, o Flamengo quase abriu o placar. Léo Moura recebeu um ótimo passe de Ronaldinho e deixou a bola limpa para Deivid, que só não marcou porque Wilson fez uma grande defesa.
Apesar da dificuldade em atacar, o Flamengo conseguiu algumas jogadas através de Thiago Neves. Primeiro, ele acertou um belo chute de fora da área, mas Wilson espalmou. Depois, deu um ótimo lançamento para Ronaldinho, que só não avançou para marcar porque o assistente assinalou impedimento (equivocadamente).
Se o Flamengo criou duas ótimas chances, o Figueirense respondeu à altura. Bruno avançou pela meia-direita, passou por dois marcadores e mandou a bola para a área, quase marcando. Na sequência, Túlio acertou um belo chute que desviou na zaga rubro-negra e saiu.
Renato, que não produzia nada, era vaiado a cada toque na bola, com toda razão.
Fim do primeiro tempo, sem gols, e os times foram para o vestiário.
O segundo tempo começou sem alterações, mas aos 9 minutos, Luxemburgo fez mudanças, atendendo aos pedidos da torcida presente no Engenhão. Ele colocou Muralha e Thomás nos lugares de Aírton e Renato.
Aos 15 minutos, após uma ótima arrancada do Figueirense, Paulo Victor cometeu pênalti em Wellington Nem.
Na cobrança, Aloísio fez tanta encenação que acabou perdendo. Paulo Victor defendeu com facilidade, e a Nação entrou em êxtase.
Agora você deve estar pensando: “Se o Figueirense tinha tudo para marcar e não conseguiu, com certeza abaixou a cabeça e deixou o Flamengo jogar e vencer facilmente.”
Nada disso.
Luxemburgo pensou em colocar Fierro, mas quando ouviu a “tsunami” de vaias vindas das arquibancadas, junto com gritos de “burro”, desistiu e colocou Jael no lugar de Deivid.
O Flamengo foi para o abafa, mas sem absolutamente nenhuma técnica ou tática. O Figueirense se segurou e conseguiu sair do Engenhão com o empate. Já o Flamengo saiu com uma “derrota”, vaias, gritos infelizes de “time de merda” e com a certeza de que o sonho do hepta foi adiado. Quem sabe em 2012, se os erros não forem repetidos. Flamengo 0 x 0 Figueirense.
É triste, hoje, olhar para trás e ficar repetindo frases com aquele famoso “SE”. A verdade é que o Flamengo entregou seu próprio título nas mãos de quem quiser ser campeão. O Flamengo tinha tudo para estar hoje com uns 8 pontos de diferença para Corinthians e Vasco, não fosse pelos tropeços em casa e fora. Foram vários jogos que estavam em nossas mãos e deixamos escapar. Exemplos não faltam. Foram 13 empates. Isso é campanha de time que quer ser campeão brasileiro? Óbvio que não. Mas infelizmente, essa é a nossa realidade. Não queria dizer isso, mas tenho que admitir: nossa briga hoje é apenas por uma vaga na Libertadores. Precisamos terminar o campeonato de forma digna.
E é isso, Nação. Agora, a missão é vencer os próximos três jogos e garantir a classificação para a Libertadores. Título ainda é possível? Impossível não é. Mas só com um verdadeiro milagre o Flamengo conseguirá. Algo que acho praticamente inviável. Por isso, o foco agora é nas últimas três vitórias e até 2012.
Enfim, agora é trabalhar para pegar o Atlético-GO lá em Goiás e seguir na luta pela vaga na Libertadores. Obrigado a todos e até lá, se Deus quiser.
SRN
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