Na noite desta terça (14), veio a público a saída do FlaFut da base de apoio da gestão do presidente Rodolfo Landim. Também houve uma grande saída de membros. Dekko Roisman (Conselho de Futebol), Marcelo Chala (representante do grupo junto a direção) Carlos Henrique Santos (Presidente da Assembleia Geral) e Ricardo Campelo (Vice-Presidente de administração e responsabilidade social), foram alguns dos nomes a deixar o grupo.
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O @GrupoFLAFUT anunciou oficialmente as saídas de Dekko Roisman (Conselho de Futebol), Marcelo Chala (representante do grupo) Carlos Henrique (Presidente da Assembleia Geral) e Ricardo Campelo (VP de administração e responsabilidade social) e deixou a base de apoio de Landim. pic.twitter.com/LC08wWlwYz
— Tulio Rodrigues (@PoetaTulio) June 14, 2022
O FlaFut fazia parte de uma grande coalisão de grupos políticos que dão sustentação política para Landim. FAT (Flamengo Acima de Tudo), Garden, Ideologia Rubro-Negra, Raiz, Sempre Flamengo, Sinergia Rubro-Negra, União Rubro-Negra, Fla+, Identidade Rubro-Negra, Vanguarda Rubro-Negra e Nosso Flamengo fazem parte da base de apoio.
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Em setembro de 2020, o FlaFut havia emitido nota oficial pedindo a demissão de Domenèc Torrent, treinador do Flamengo na ocasião. Recebida com surpresa, a manifestação fez com que houvesse uma saia justa no Equador, local que o time jogaria pela Libertadores. Questionado sobre o conteúdo em coletiva, Marcos Braz, vice de futebol, não titubeou e expôs Dekko Roisman, membro do grupo que acompanhava a delegação.
— Como sou do mundo da política, vou dar uma sugestão: Ou o grupo tira o Dekko (Roisman) ou o Dekko sai do grupo. Acho que é a coisa mais natural que tem. Quanto a mim, trato com naturalidade, entendo as críticas, aceito as críticas, aceito o desconforto de todo mundo, do torcedor —, disse o também vereador.
A situação já deixava no ar o que ocorria nos bastidores do grupo. Com quase 150 membros, o FlaFut se dividia entre quem achava que cobranças deveriam ser feitas e quem preferia só demonstrar apoio. Foram muitos os embates internos, com críticas aos integrantes que questionavam o executivo do Flamengo. Segundo apurado pela reportagem, manifestações públicas foram proibidas, a exemplo de quando queriam contestar a escolha de Paulo Sousa para ser treinador. Foi um processo que ocorreu durante meses.
A saída oficial de alguns membros do Flafut ocorreu no último domingo (11), um dia após o Flamengo perder por 3 a 1 para o Internacional e passar a ocupar a 15ª colocação do Brasileirão (atualmente é o 16° colocado). Um texto de Erick Tadeu, integrante do grupo, chegou a circular nas redes sociais e em plataformas de mensagens.
“Quando fui convidado a participar desse grupo, me passaram que seria em prol de um Flamengo vencedor, sem vaidade. Mas não é isso que estou vendo. Os que têm cargos na gestão, não reportam aos componentes do Grupo o que realmente está acontecendo no dia a dia do Flamengo“. “(…) Alguns que acabaram de entrar já sentaram na janela. Seja em comissões ou em cargos indicados pela cúpula do Grupo“, disse Erick em um trecho do texto intitulado “A Todos que deixaram o FlaFut“.
A Todos que Deixaram o FlaFut.
Quando fui convidado a participar desse grupo, me passaram que seria em prol de um Flamengo vencedor , sem vaidade . Mas, não é isso que estou vendo. Os que tem cargos na gestão, não reportam aos componentes do Grupo o que realmente está…
— André Luis Valladas (@AValladas) June 13, 2022
O grupo ainda vai se manifestar oficialmente em suas redes sociais, mas a reportagem teve acesso ao posicionamento interno, no qual se fala da saída de alguns integrantes e de que a decisão para retirar o apoio do FlaFlut é irrevogável.
“Sem necessidade de maiores explicações, a divisão do grupo sobre o apoio ou não à gestão culminou com a saída, desde o último domingo, de diversos colegas que comunicaram o fato à diretoria, de forma oficial e irrevogável.
Nomes como Dekko, CH, Ricardo Campelo, Marcelo Chala, dentre outros, já não fazem mais parte do grupo“. (Confira o texto na íntegra no início da matéria).
O posicionamento do Flafut só demonstra que há muita insatisfação interna com os rumos que o futebol do Flamengo tomou. Outros grupos também compartilham da mesma opinião e até algumas ações políticas geram desconforto. São muitos interesses em jogo e se houver novas dissidências, não será nenhuma novidade para quem acompanha os bastidores da Gávea.
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
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Por Tulio Rodrigues (@PoetaTulio)
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