Jogar, pra quê?

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Talvez para um profissional da área fosse mais fácil, ou menos horrível, iniciar uma crônica de uma partida recém terminada de um clube qualquer do mundo. Mas e quando os dois lados não coincidem? E quando a pessoa que, aqui tenta desenvolver seu texto, não é um profissional graduado e sim um simples torcedor? E aí coloco mais um “e”. E quando esse simples torcedor não vê seu time jogar?

Ele poderia fugir da situação, não querer ao menos tentar e ficar quieto, no aguardo do dia seguinte. Mas ele veio e está tentando. Tentando falar de um 4 a 0, que só não foi pior porque o Inter errou algumas oportunidades que teve, as desperdiçou. Aí olhava-se Ney Franco à beira do campo. Ou seria do caos, como diria a música dele? Não falava, não andava, não se irritava com o que via em campo, como se ele quisesse e tivesse ensaiado o dito resultado.

Cobrança de falta ensaiada. Zaga, pra quê? O time só olha e alguns levantam o braço – gesto eterno de defesa de jogador que não quer ver que falhou e tenta pedir um impedimento. Chicão. Pra quê marcar Rafael Moura? É gol do Inter! Mugni na grande área de Felipe. Sai completamente sem noção com a bola. Bola perdida(nem precisou roubar) e Wellington Silva pega. Chicão chega rasgando! Pênalti! D’Alessandro. É gol do Inter! Chicão expulso. Numa dessa era o que ele realmente queria.

E no segundo tempo viria mais. Aos 12, D’Alessandro lança Fabrício. Fabrício com calma, sozinho ajeita o corpo e manda de esquerda no canto esquerdo de Felipe. Gol do Inter!  E se falar que Ney Franco mexeu após o terceiro gol, qualquer um logo pensa que ele sentou, tamanha passividade. Um dos que entrou, Negueba, protagonizou algo interessante. Negueba pega a bola no meio e vem recuando. Procura alguém. Quem recebe? Ninguém! Então Negueba leva até a zaga e toca pra fora. Tocar pra quem? Ninguém quer receber ou ninguém tem pernas pra ir até a bola?

Antes disso, Alex faria o quarto gol em lançamento de Fabrício. Zaga assiste, o time ou o bando assiste. Ney Franco? Assiste! Só que, o único que assistiu e se revoltou foi o torcedor. Garanto que se entregassem uma pipoca e uma cerveja pro Ney Franco, ele sentaria no banco e pediria prorrogação, pra ver “seu” time tomar mais uns 5, talvez.

Sem treino, evidentemente. Sem tática, sem condição física, ou quem sabe, a mais provável e pensada, por sacanagem mesmo. Ney Franco cairá? Duvido, mas quem sabe?! Porém, contudo, todavia, se o problema fosse apenas um técnico distinto, era muito bom. Pode até cair a cabeça, mas o corpo continua o mesmo.

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Tulio Rodrigues

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