Como já havia dito, cachorro sem dente não morde, apenas rosna e faz cena. É só ver a comemoração do uruguaio, ídolo da “cachorrada”. Se é que podemos chamar aquilo de comemoração, ou apenas de falta de criatividade. Fiquei surpreso com o empate, pois o time mostrou uma postura bem diferente dos jogos anteriores, mas ainda não o suficiente para vencer e convencer, mesmo diante de um adversário tão fraco.
Wellington não comprometeu, ufa! Léo Moura reencontrou seu caminho rumo ao ataque, Thiago Neves melhorou um pouco, e Willians está voltando a ser o roubador de bolas de antigamente. Quem segue devendo, como sempre, é o Deivid.
Não sou especialista, mas, para mim, o time ainda apresenta muitas deficiências, com espaços demais no meio de campo quando somos atacados. Muitas vezes, vemos Willians se lançando ofensivamente, e todos sabem que isso geralmente não resulta em nada: ora por segurar demais a bola, ora por errar um cruzamento ou passe. Não podemos depender dos volantes para criar jogadas ofensivas, isso está errado. Thiago Neves, em certos momentos, parece mais um segundo atacante quando deveria ser o meia e participar mais da criação das jogadas.
O gol da “cachorrada” me pareceu falta do uruguaio. Ele deu uma carga no Alex Silva, impedindo-o de subir para disputar a bola, mas a vida segue. Uma das surpresas do time foram as subidas de Júnior César ao ataque, apoiando Ronaldinho nas jogadas ofensivas. Vale destacar que o retorno de Airton deu mais segurança à defesa. Não entendi a substituição, mas Maldonado entrou e, como sempre, não comprometeu. É um titular fácil, e tenho certeza de que, com ele e Airton em campo juntos, o time melhora, ao menos defensivamente.
Saindo um pouco do jogo, é preciso ressaltar o show da torcida do Flamengo. Mesmo com o péssimo momento vivido pelo time, ela compareceu e apoiou o tempo todo. É verdade que o setor não estava lotado, mas a torcida foi maioria, e o time não pode reclamar da falta de apoio.
Voltando ao jogo, precisamos melhorar ainda mais, crescer e produzir em campo. Faço um pedido ao Luxemburgo e à diretoria: que não invertam os papéis, justificando as más atuações com o desempenho da arbitragem. Isso é ridículo, coisa de time pequeno. É claro que estão errando demais contra nós, isso é fato! Mas outra questão também deve ser considerada: o Luxemburgo não deveria cobrar da diretoria ações em relação à arbitragem. A diretoria é quem deve cobrar dele a volta do bom futebol da equipe.
Depois desse empate contra a “cachorrada sem dente” e do futebol apresentado, confesso que, hoje, torço e acredito mais em uma vaga na Libertadores do que no título. Não estamos jogando como um time que quer ser campeão. Gostem ou não do que estou falando, é fato! O futebol de time campeão nos manteve invictos por 103 dias, mas o futebol que estamos jogando agora nos deixa 42 dias sem vencer. Vivemos nos extremos: ou muito bem, ou muito mal. Apesar de tudo, acredito na volta do bom futebol. Isso só depende dos jogadores, pois nossa parte estamos fazendo – e bem!
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