Um nocaute?

Um nocaute?

Ficha Técnica da Partida:

Escalação do Flamengo: Paulo Victor; Léo Moura, Marllon, Arthur Sanches, Magal; Aírton, Ibson, Renato, Bottinelli; Hernane, Love.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Joel Santana.

Escalação do Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André, Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Douglas, Danilo; Romarinho, Emerson.
Esquema: 4-4-2.
Técnico: Tite.

Gols: Douglas 27’, 39’ do 1º tempo; Danilo 9’ do 2º tempo (Corinthians).

Cartões amarelos: Chicão 30’ do 1º tempo (Corinthians); Aírton 26’, Adryan 43’ do 2º tempo (Flamengo).

Arbitragem: Sandro Meira Ricci.
Auxiliares: Altemir Hausmann, Roberto Braatz.

Placar: Flamengo 0 x 3 Corinthians.

Foi um nocaute?

Quem olhou ontem para a tabela do Campeonato Brasileiro, antes do jogo, veria que o Corinthians estava em situação pior e, na teoria, iria ao Engenhão “desesperado” por um bom resultado. E quem olhasse para a posição do Flamengo poderia pensar: “Ah, esse time está tranquilo, até mesmo um empate serve.” Mas o que se viu em campo foi bem diferente.

Tudo começou no domingo, quando o Flamengo venceu o Bahia – com um pênalti inexistente – e Joel Santana, no início da semana, convocou a torcida para lotar o Engenhão e empurrar o time rumo a mais uma vitória. Da parte da torcida, isso de fato aconteceu. Mas da parte do time em campo, a história foi outra.

Não seria justo criticar o time por completo, pois o Flamengo começou bem, pressionando a marcação no início e tentando dificultar o jogo do Corinthians. No entanto, o Corinthians segue sendo o time cascudo e poderosíssimo que recentemente conquistou a Taça Libertadores da América.

Um time que conta com Romarinho e Emerson “Sheik”, que no primeiro tempo atormentaram a zaga rubro-negra, uma zaga que esteve completamente desorganizada durante todo o jogo. Para ser sincero, foi difícil identificar um setor do Flamengo que tenha cumprido bem o seu papel. O Flamengo de hoje não possui setores coesos. Love volta o jogo inteiro, nos 90 minutos, até para a defesa, buscando jogo. E aí eu pergunto: “Como um atacante que se desgasta tanto fora de sua posição pode render algo no ataque?”

Love está há 5 jogos sem marcar um gol sequer. E não é por acaso. Não há quem crie jogadas para ele. Culpam Bottinelli? Ele não é o Zico, e garanto que nunca será. A culpa é do Renato? Também não. A responsabilidade maior está no banco de reservas. Aliás, uma parte significativa dela é de Joel Santana.

Voltando ao jogo… O cenário era esse: o Flamengo tentava iludir a torcida com posse de bola, mas a cada contra-ataque do Corinthians, as pernas tremiam. Não estou aqui exaltando o Corinthians, apenas relatando o que vi em campo. Que fique claro!

Em um desses contra-ataques, devido à bagunça generalizada, o Flamengo foi punido. Bottinelli recebeu um passe horrível e tentou dominar de costas para o ataque. Douglas roubou a bola e partiu em direção ao gol. Apenas um zagueiro fazia a “cobertura”. Cobertura? Douglas entrou como quis na área rubro-negra e finalizou no canto direito de Paulo Victor.

A torcida, culpando Bottinelli pelo gol do Corinthians, começou a vaiá-lo. Felizmente, ele não se abalou e passou a jogar até melhor.

Mas a desorganização do Flamengo não desapareceu. Em outro contra-ataque do Corinthians, Renato tentou cortar a bola, mas acertou um calcanhar para trás, sem perceber que Douglas estava ali. O meia do Corinthians aproveitou e acertou um belo chute, ampliando o placar. Paulo Victor teve culpa? De forma alguma.

Fim de primeiro tempo.

Na volta, Joel colocou Adryan no lugar de Bottinelli. Seria mais útil se ambos jogassem e Renato saísse, mas Renato é intocável!

Para quem achava que o Flamengo conseguiria marcar um gol no início do segundo tempo e sufocar o Corinthians em busca do empate, enganou-se. Em uma bela jogada trabalhada pelo Corinthians, Romarinho lançou para Danilo, que acertou outro belo chute, tirando de Paulo Victor. 3 a 0 em pleno Engenhão. E o silêncio desolador da torcida rubro-negra.

O Corinthians fez o terceiro gol cedo, e dali em diante apenas administrou o resultado. Para os rubro-negros presentes no Engenhão, assim como para quem (como eu) assistia de casa, foi meia hora de verdadeiro sofrimento.

O Corinthians rodava a bola com tranquilidade, jogava como e onde queria. A torcida do Flamengo vaiou o time, vaiou Joel… Se contra o Grêmio tomamos um tapa na cara, ontem foi um nocaute?

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Germano Medeiros